Uma nova democracia se desenha no Corinthians, 28 anos após a primeira. Não é tão liberal, já que o técnico Mano Menezes, por exemplo, é adepto de longos períodos de concentração, algo que desagradaria Sócrates e companhia. Imagine, então, liberar cerveja no hotel. Fora de cogitação.

O novo modelo é voltado para o campo. Liberdade para os jogadores mudarem o esquema tático no meio de uma partida. Conversa ao pé do ouvido para saber dos mais experientes o que acham daquela tática e o que fariam para melhorar.

Mano é o chefe, tem a última palavra. Mas na vitória contra o Palmeiras foram os atletas que definiram as funções em campo logo após a expulsão de Roberto Carlos, com oito minutos de jogo.

"Eles entenderam que o melhor naquele momento era o Danilo ser o lateral, o Ralf fechar no meio dos dois zagueiros e o Jorge fazer a marcação no meio-campo, à frente do Danilo. Dou liberdade para decidirem isso", disse Mano. "No que eles definiram, fiz só uma pequena mudança no posicionamento do Ralf, adiantando-o um pouco."

Dentro de campo, William é o técnico, admitiu o treinador. Mas todo mundo colabora. Ano passado, em jogo não revelado, Ronaldo aconselhou Dentinho a jogar mais centralizado. O garoto atuou como armador, algo raro em sua carreira, e o Timão venceu. No vestiário, Mano parabenizou-os.

NOVA CAMISA - O Corinthians apresentou ontem o novo modelo de sua terceira camisa para a temporada 2010. Com gola em V, a peça mantém a polêmica cor roxa e traz estampado o logo do novo patrocinador, além de uma cruz no peito, lembrando modelo antigo da Inter de Milão.