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Campanha: 1ª semana não empolga
Beto Silva
Do Diário do Grande ABC
12/07/2010 | 07:21
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Para os menos atentos à movimentação política - maior parcela da população brasileira -, o início das campanhas eleitorais passou despercebido nesta primeira semana de divulgações oficiais das chapas.

Dentre outros motivos, dois se destacam: os principais nomes da disputa presidencial já pediam votos e divulgavam propostas antes do prazo legal e as regras sobre as finanças, que impõem burocracia para compra de material de divulgação - os candidatos têm de obter CNPJ para comprovar receitas e despesas.

Apesar da ausência de linha clara do antes e depois da campanha eleitoral, que começou dia 6 de julho e completa hoje sete dias, um assunto ganhou destaque nos noticiários políticos: o registro dos programas de governo dos presidenciáveis José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT).

O tucano protocolou apanhado de discursos feitos no período pré-eleitoral e a petista rubricou as páginas das propostas retiradas na convenção nacional do PT, realizada em junho, com ideias consideradas radicais, como possibilidade de controle da mídia e favorecimento a movimentos de invasão de terras.

Marina Silva, postulante do PV ao Palácio do Planalto, aproveitou os escorregões dos adversários para criticá-los. Também iniciou inaugurações das Casas de Marina, em que as residências dos apoiadores são transformadas em comitês de campanha.

Além disso, sobraram ataques de parte a parte, nada diferente do que ocorreu antes de começar a campanha. As eleições devem esquentar mesmo com a veiculação dos programas eleitorais gratuitos, a partir de 17 de agosto.

GOVERNO ESTADUAL - Na corrida pelo governo de São Paulo, a campanha também se mostrou morna. Com uma diferença: mais propositiva do que os concorrentes à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O petista Aloizio Mercadante utilizou mais de ataques ao PSDB, que detém o poder da máquina estadual há 16 anos. O tucano Geraldo Alckmin, líder disparado das pesquisas de intenção de voto, foi discreto.

Nesta primeira semana de campanha a região ficou esquecida. Paulo Skaf (PSB) foi o único a visitar o Grande ABC. O socialista esteve quinta-feira em jantar num clube de Santo André.

Pelo lado dos candidatos a deputado estadual e federal locais, as divulgações ficaram restritas a reuniões com lideranças e entidades que têm proximidade.




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