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Dib mantém previsão da receita para 2007 similar à deste ano
Miriam Gimenes
Do Diário do Grande ABC
12/10/2006 | 00:26
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O prefeito Willian Dib (PSB) surpreende e apresenta uma proposta orçamentária para 2007 com valores similares ao válido para este ano e que não conseguiu ser realizado. O Orçamento entregue nesta quarta-feira ao presidente da Câmara, Laurentino Hilário (PSDB), prevê a receita de R$ 1,99 bilhão,e não de R$ 1,83 bilhão como era comentado nos bastidores da administração. Neste ano, a previsão era de R$ 1,92 bilhão, mas não deve superar R$ 1,6 bilhão.

O prefeito se recusou a divulgar dados do orçamento até entregar a proposta ao presidente da Câmara, O projeto tem de ser votado até 15 de dezembro.

Dib justifica a previsão de valor similar para 2007 considerando o desconto ao crescimento natural de 8% que se aplica a cada ano e, desta vez, não foi integrado à previsão de receita. Segundo o prefeito, o uso do mesmo valor leva em conta os reajustes feitos este ano em tributos municipais e os programas implementados para reaver a dívida ativa este ano, que devem ter reflexo na arrecadação em 2007. A dívida ativa do município é de R$ 1,2 bilhão. “Contamos com os ajustes no IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), e com as alterações do IGPM (Índice Geral de Preço de Mercado)”, justifica.

O problema financeiro enfrentado pela administração, segundo Dib, foi reflexo da “frustração da política econômica nacional, que foi pífia. Mas para termos o mesmo valor contamos com uma melhora em 2007”.

O secretário interino de Finanças Eurico Leite confirma que o valor do orçamento deste ano não deverá se concretizar. “Mas nós temos ainda quase três meses para ver o que vai fazer.” A estimativa do ex-secretário da Pasta, Marcos Cintra, é que a receita chegue a, no máximo, R$ 1,6 bilhão.

Peça – A arrecadação prevista para 2007 é dividida em dois valores. O primeiro se refere à receita da Prefeitura, que é de R$ 1,72 bilhão. Já o restante – R$ 265 milhões – corresponde ao arrecadado pelas autarquias, fundações, empresas públicas e fundo de previdência. Do montante, R$ 381,2 milhões são da Educação (25,31%) e R$ 253,3 milhões da Saúde (19,48%).

Já na segurança serão gastos cerca de R$ 26,5 milhões, em habitação e meio ambiente R$ 244,6 milhões e na área social, R$ 52,2 milhões. No entanto, o setor a receber a maior fatia é a secretaria de Obras, devido ao Programa São Bernardo Moderno financiado pelo BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). A estimativa é de R$ 446,4 milhões.

Projetos – Os vereadores aprovaram nesta quarta-feira três projetos do Executivo. O primeiro dispõe sobre a transferência de R$ 7 milhões para reforma de escolas. O segundo altera palavras da lei que autoriza leilão de oito áreas no município e, o último, permite a abertura de crédito de R$ 352 mil para aquisição de material para o programa Educando para a Vida.



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