Esportes Titulo Vai mexer no bolso
Sem estádio, Ramalhão terá custo inesperado com o Canindé

Casa da Portuguesa foi confirmada para abrigar primeiros duelos como mandante no Paulistão

Dérek Bittencourt
Do Diário do Grande ABC
18/02/2021 | 00:01
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Divulgação/Portuguesa


O Estádio do Canindé foi oficializado como a casa do Santo André no Campeonato Paulista. A FPF (Federação Paulista de Futebol) confirmou em seu site oficial os três primeiros jogos do Ramalhão como mandante na praça esportiva da Portuguesa, na Capital: contra Santos, dia 28, São Caetano, dia 8 de março, e São Bento, dia 21 de março. O motivo para a mudança de local é o atraso na entrega da obra do gramado do Bruno Daniel, que passará a ser sintético e só deverá ficar pronto em abril.

Para mandar suas partidas no Canindé, o Santo André terá despesa inesperada. Somente pelo aluguel, estima-se que o clube do Grande ABC vá pagar R$ 10 mil por jogo, totalizando R$ 30 mil, que pode dobrar caso a situação se estenda para os outros três jogos do Ramalhão como mandante na primeira fase. E a este montante ainda devem ser somados os demais (e usuais) custos, como ambulância, ambulatório, doping, equipe de apoio, funcionários, geradores, monitoramento por imagem, prestadores de serviço e sonorização, que acrescem mais R$ 15 mil por partida.

Em 2020 o Santo André utilizou o Canindé para mandar um jogo do Paulistão, pela 12ª rodada, contra o Ituano – na ocasião, o Ramalhão perdeu por 3 a 1. Naquela oportunidade, os andreenses precisaram mandar o jogo na casa lusitana em razão do hospital de campanha montado no gramado do Brunão. Particularmente, a preferência do técnico Paulo Roberto era a Arena Barueri, mas o espaço lusitano foi o escolhido.

“Entre as opções que tínhamos, que eram poucas, na verdade (são exigidos estádios com estrutura para sala do VAR – árbitro de vídeo), o Canindé foi a melhor possível. É um estádio que fizemos um jogo recentemente e temos o melhor relacionamento possível com a Portuguesa, que tem nos atendido sempre que necessário. Então, se no primeiro jogo é campo neutro, no segundo, terceiro, já começa a ser nossa casa, mesmo que alugada”, declarou o presidente do Santo André, Sidney Riquetto.

Na campanha quadrifinalista do Paulistão 2020, o mando de jogo foi fundamental para o Santo André. Dos cinco jogos que fez no Brunão, venceu quatro (Ferroviária, Água Santa, São Paulo e Red Bull Bragantino) e perdeu um (para o Oeste). “É partir para a luta e tentar conquistar no Canindé aquilo que fizemos ano passado no Bruno Daniel: aproveitamento de 80%, ou 12 pontos em cinco jogos, basicamente é isso. Infelizmente temos de nos adaptar à situação e acredito que a melhor solução foi a encontrada pela Federação, oficializando o Canindé”, explicou o mandatário ramalhino, revelando inclusive auxílio da FPF para determinação do local.

DUPLAMENTE VETADO
A FPF publicou que o Bruno Daniel está vetado para jogos oficiais. Inicialmente o impedimento se dava em razão das “péssimas condições do gramado” que, na verdade, nem existe ainda, porque o estádio está em fase final de instalação dos sistemas de irrigação e drenagem, antes de iniciar o processo de colocação do tapete artificial. Porém, a entidade gestora do futebol paulista ainda sinalizou outro motivo que impede a realização de partidas ou eventos: a falta do laudo de segurança. No site da Federação consta um documento válido até 13 de novembro deste ano, mas seu status é de “reprovado”.

Os motivos são: ausência do gerente de segurança, ausência do plano de segurança anual, existência de pontos sensíveis onde podem ocorrer o acesso de torcedores sem bilhete e entrada de materiais proibidos, ausência de gradis para utilização no balizamento e fechamento dos acessos, ausência da central de controle, ausência da câmera no acesso ao portão ‘J’ e câmeras desligadas no momento da vistoria, validade do AVCB e validade do contrato de profissionais orientadores de público para cada evento esportivo. 




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