Com a estabilidade da Selic (taxa básica de juros), mantida a 11,25% ao ano na última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), o teto dos juros do crédito consignado para aposentados e pensionistas do INSS (Instituo nacional de Seguro Social), atualmente fixado a 2,64% ao mês – mais de 36% ao ano –, também permanecerá estável.

O teto praticado pelos bancos é estipulado pelo CNPS (Conselho Nacional de Previdência Social), do Ministério da Previdência Social.

Para a manutenção da taxa. o conselho toma como base o andamento da Selic.

De acordo com o Ministério da Previdência Social, a taxa não entrou em pauta na última reunião do conselho, na semana passada. Também não se sabe se o assunto será discutido no próximo encontro do órgão, em novembro.

“Vamos ver se o conselho diminuirá o teto na próxima reunião, no dia 28 de novembro. Quando a própria Selic está estável, não há grandes expectativas”, afirmou Jorge Higashino, superintendente de projetos especiais da Febraban (Federação Brasileira de Bancos).

De acordo com Higashino, resta aos beneficiários do INSS procurarem as menores taxas e prazos oferecidos. “Sempre é recomendável comparar”, disse. Ele explica que o valor da parcela e o preço líquido a ser pago também são fatores importantes a serem analisados.

“Quanto mais os consumidores pesquisarem, mais a concorrência entre os bancos é estimulada. Com isso, os próprios clientes são beneficiados.”

O aposentado Valdecir Scalco, 62 anos, morador de Santo André concorda. Ele pegou o empréstimo há dois meses e pesquisou antes de fechar negócio. “Os juros são muito altos. Os aumentos da aposentadoria não ultrapassam 3,5% ao ano.”

As menores taxas hoje no mercado são oferecidas pela CEF (Caixa Econômica Federal) e variam de 0,92% a 2,30% ao mês. Itaú e Unibanco trabalham com o teto de 2,64% para qualquer prazo.