Não existem provas verdadeiras de que Atlântida tenha existido no mundo real mesmo depois de milênios de discussões e histórias passadas por diferentes gerações. Entre as diversas teorias em torno do ‘continente perdido’, a curiosidade das pessoas continua por conta justamente do mistério sobre o lugar e as versões que o mundo pop, casos de livros, desenhos animados e filmes (a exemplo do longa-metragem Aquaman, ainda em cartaz nas telonas do Grande ABC e que mostra o herói protagonista da DC Comics sendo ‘filho’ desse avançado universo submarino que coloca a Terra em perigo), apresenta ao público.

Tudo começou no ano de 360 a.C. (antes do nascimento de Jesus Cristo, levando em conta somente seu sobrenome para a abreviação), quando o filósofo grego Platão escreveu o diálogo Timeu. No material, ela cita ilha localizada no Oceano Atlântico em região conhecida como Estreito de Gibraltar, canal que liga essas águas com o Mar Mediterrâneo em espaço entre a Europa e a África. Série de terremotos teria destruído o local, com as ruínas sendo afundadas e nunca mais encontradas pelo ser humano. 

Também com informações de outro diálogo, Crítias, Plantão conta que Atlântida teria ficado com Poseidon, (deus grego do mar) em divisão das terras espalhadas pelo planeta entre as divindades. O desenvolvimento próspero e com senso de justiça da sociedade praticamente perfeita acabou quando os responsáveis ficaram mais preocupados em conquistar cada vez mais poder, sendo que Zeus, figura suprema da mitologia da Grécia, teve que intervir e acabar com tudo como lição.

Cientistas ainda tentam buscar vestígios do local para comprovar alguma teoria. No ano passado, pesquisadores britânicos utilizaram estudos de campo e imagens via satélite para analisar indícios de que as ruínas de Atlântida estejam próximas do Parque Nacional de Doñana, ao Sul da Espanha, e perto do Estreito de Gibraltar. 

Consulta realizada no livro ''Atlântida – Pequena História de Um Mito Platônico'', do escritor e historiador francês Pierre Vidal–Naquet.