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Em crise, FSA prevê deficit de R$ 8 mi no orçamento deste ano

Duas propostas de recuperação financeira foram aprovadas pelo conselho universitário na quinta-feira para tentar aliviar rombo

Por Bia Moço
Especial para o Diário
10/02/2018 | 07:00
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 A grave crise financeira enfrentada pela FSA (Fundação Santo André) não dá sinais de que será equacionada a curto prazo. A previsão orçamentária aprovada pelo conselho universitário para este ano prevê rombo de R$ 8 milhões na instituição de ensino. O centro universitário recebeu apenas 1.065 matrículas, sendo 297 de novos alunos – número 68,3% abaixo do esperado. Atualmente, a FSA conta com 3.000 alunos.

Na tentativa de tentar reduzir o deficit orçamentário, foram apresentadas três propostas de recuperação financeira pela reitoria, sendo duas delas aprovadas: migração de turmas do período matutino para o noturno e suspensão temporária de professores em RTI (Regime de Tempo Integral). Caso os projetos sejam colocados em prática e surtam o efeito esperado, trarão economia de R$ 6,4 milhões aos cofres da FSA, o que baixaria o rombo ao fim do ano para R$ 1,4 milhão.

A proposta de recuperação orçamentária rejeitada pelo conselho já vinha causando polêmica entre os estudantes. A ideia da reitoria era não abrir turmas deficitárias, o que resultaria na transferência de alunos para outras instituições de Ensino Superior da região.

O desequilíbrio econômico e administrativo da FSA já é observado há pelo menos três anos. Somente a folha de pagamento de funcionários custa em torno de R$ 3,3 milhões (incluindo quadro de docentes e administrativo) e demanda cerca de 90% do orçamento do centro universitário. Em entrevista ao Diário, a reitora Leila Modanez já havia destacado a situação de desequilíbrio econômico nas contas da instituição. No inicio do ano, servidores técnico-administrativos da FSA realizaram greve de 15 dias devido ao atraso de salários. A reitoria busca viabilizar o pagamento da segunda parcela do acordo, contando com R$ 4,5 milhões do Fies (Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior), parados na Receita Federal. A reitora utilizará R$ 500 mil deste provento para completar o pagamento da folha.

O cenário de crise foi intensificado no início do ano, quando suspeita de que o candidato mais votado ao cargo de reitor da FSA, o professor Francisco José Santos Milreu, tenha sido contratado sem passar por concurso público – o que é proibido por lei – deu início a pente-fino em todos os 450 contratos de funcionários da Fundação.

A nomeação do próximo reitor da FSA, a partir de 1º de abril, está nas mãos do prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB). Embora o chefe do Executivo tenha recebido lista tríplice com os candidatos mais votados ao cargo no dia 29 de novembro e garantido, em dezembro, que o nome seria divulgado em janeiro, o processo segue em aberto.

O segundo nome da lista tríplice é o da professora Andrea Dias Quintao e, na sequência, aparece o professor Edvaldo Luis Rossini, o Didi – que retirou seu nome da disputa no dia 16.

 




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