No segundo dia de paralisações na Petrobras, cerca de 350 trabalhadores terceirizados do terminal de transportes da estatal cruzaram os braços nesta quinta-feira para reivindicar igualdade de condições de trabalho com os funcionários da empresa.
O movimento – de um dia – faz parte da campanha dos petroleiros terceirizados, que entregarão uma pauta de reivindicações da classe no dia 28 para a estatal.
Na quarta-feira, 1.500 trabalhadores participaram da paralisação na Refinaria de Capuava, em Mauá. A ação aconteceu em todas as plantas da Petrobras do País.
Segundo o presidente do Sindipetro-SP (Sindicato Unificado dos Petroleiros do Estado de São Paulo), Itamar Sanches, a manifestação foi muito positiva para a categoria. “Sempre reivindicamos melhorias para os terceirizados, mas nunca fomos atendidos. Agora, com o movimento, esperamos que a Petrobras reflita e mude os contratos com as empresas terceirizadas”, comenta Sanches. Ele espera que a empresa não faça nenhuma retaliação aos trabalhadores que participaram da mobilização.
Segundo o sindicato, há diferenças muito grandes entre trabalhadores da estatal e terceirizados que cumprem a mesma função. Um exemplo é a jornada de trabalho: os funcionários têm um período semanal de 40 horas, enquanto os empregados por empresas prestadoras de serviço fazem jornada de 44.
“Queremos melhores salários, os mesmo benefícios e melhorias nas condições de trabalho. Hoje, são 160 mil terceirizados para 50 mil funcionários. Se não podemos negar que existe a terceirização, vamos pelo menos buscar melhoras para esses trabalhadores”, afirma o presidente do Sindipetro-SP.
Segundo a Petrobras, não houve prejuízo das atividades produtivas da empresa. A estatal também afirma que não tem autoridade para interferir nas relações entre os terceirizados e empresas, mas em seus contratos exige o cumprimento das leis trabalhistas vigentes.
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