Cultura & Lazer Titulo
Band entra na briga por audiência com jornalismo
Márcio Maio
Da TV Press
09/02/2009 | 07:01
Compartilhar notícia


Elisabetta Zenatti sabe que não existe uma fórmula para o sucesso. E, por isso mesmo, não se cansa de buscar o melhor caminho para melhorar a posição da Band na disputa pelo terceiro lugar no Ibope. Diretora artística e de produção da emissora, a italiana, que mora no Brasil há 11 anos, quer continuar investindo no humor e no jornalismo, áreas com resultados melhores na grade de 2008. Tanto que quase todas as novidades estão ligadas a esses estilos. No horário da manhã, um programa diário e ao vivo reunirá Patrícia Maldonado, Lorena Calábria e Daniel Bork com matérias de comportamento, atualidades e culinária. Já à noite, junto com as novas temporadas de É o Amor e CQC, três outros projetos estão confirmados. Além do programa de Adriane Galisteu, a Band coloca no ar em março o reality show E24, que mostra um dia na emergência de um hospital público. E, ainda sem equipe definida, também estreia o jornalístico A Liga, onde quatro jornalistas farão reportagens investigativas, entrando nas pautas através de disfarces. "Não podemos parar de tentar melhorar. Algumas coisas vão pegar e outras não. Assim como em 2008. O importante é aprender com os acertos e também com os erros", filosofa Elisabetta.

Quais são as grandes apostas da Band para a nova grade de 2009?
ELISABETTA ZENATTI -
Na verdade o nosso ano começou a contar já em janeiro. A programação de verão é uma das novidades e uma preparação para as duas grandes missões que temos a partir de agora. Primeiro, precisamos manter o sucesso e oxigenar o que deu certo em 2008, como o CQC e o É o Amor. E, é claro, investir em outros produtos que podem atrair mais audiência. No horário da manhã, queremos concorrer com os ‘ao vivo', com um programa mais focado em jornalismo. E à noite estamos apostando em dois programas em parceria com a argentina Cuatro Cabezas, mesma produtora do CQC, e na Adriane Galisteu.

No ano passado, a Daniela Cicarelli era a grande novidade de vocês e não deu certo no ar. Hoje, o mesmo frenesi causado pela contratação da Cicarelli é visto em relação a Adriane Galisteu. O que vocês pretendem fazer para não repetir o erro?
ELISABETTA -
Se eu tivesse uma fórmula, estaria rica. Acho que a gente não pode parar de tentar. Vamos aprender com o que deu certo e o que não deu e investir nesse aprendizado. A Adriane tem um lado multifacetado que é um diferencial. Ela apresenta bem, é uma entrevistadora, trabalha como atriz, ou seja, existem inúmeras possibilidades para ela em um programa. Mas também não vejo a Daniela Cicarelli como um fracasso.

Então por que vocês tiraram a Cicarelli do ar e só aproveitaram para o Grammy e a programação de verão?
ELISABETTA -
O balanço que faço do Quem Pode Mais é que tinha um público específico, o jovem. E a gente enfiou o programa entre dois horários de futebol. A ideia era tentar arrastar uma parte do público. Mas foi um equívoco, virou um corpo estranho ali. Não tinha um fluxo de audiência do target jovem. O que não significa que tenha sido ruim. Acho que temos de assumir nossa responsabilidade também. É um conjunto da obra, nada funciona isolado. A Daniela está nos planos da emissora e vai ser usada no segundo semestre. Só não definimos de que forma isso vai acontecer. Mas não é um projeto congelado, ao contrário do que dizem. Assim como a teledramaturgia.

Vocês anunciaram recentemente um projeto de minissérie. Já trabalham em cima disso?
ELISABETTA
- Tudo ainda está em fase de estudos. Mas o objetivo é começar a produção ainda em 2009 para estrear em 2010. Estamos em negociação com algumas produtoras para fazer uma parceria e posso dizer que as conversas estão adiantadas com o Bruno Barreto. A ideia é fazer Dona Flor e Seus Dois Maridos. Também planejamos um seriado diário, de comédia, mas sem detalhes definidos.

A ideia do seriado surgiu a partir do Uma Escolinha Muito Louca?
ELISABETTA
- Os projetos de teledramaturgia não têm relação direta com a Escolinha, são assuntos diferentes. Mas claro que foi um grande êxito e estamos muito satisfeitos com a audiência crescente. Pretendemos investir mais nesse formato. Por ser um programa diário, está sujeito a mudanças a todo o momento para não cair na mesmice. Já tivemos algumas baixas no elenco e, com o tempo, pode ser que outras pessoas sejam substituídas ou tenham seus personagens alterados. Aos poucos vamos entendendo quais são as necessidades desse tipo de produção e adaptamos o roteiro, cenário e elenco a elas.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;