O técnico Luiz Carlos Ferreira quer o Santo André livre de qualquer risco de descenso antes de pensar na Copa Libertadores da América, mas o torneio continental já fez o clube intensificar a Operação Venezuela, onde o time estréia no dia 2 de março, contra o Deportivo Tachira. A ação, deflagrada em dezembro, quando vários jogadores tomaram vacina contra a febre amarela, prosseguiu domingo, em pleno domingo de Carnaval. O dirigente Sérgio do Prado passou a tarde no aeroporto de Congonhas, onde foi validar a vacinação de todo o elenco.

“Alguns jogadores tomaram a vacina nos postos de saúde mais próximos de sua residência, mas há necessidade que seja validada nos aeroportos. Dez dias antes da viagem tudo tem de estar definido”, explicou o dirigente.

No trabalho logístico e operacional da Operação Venezuela, o Santo André já definiu o dia do embarque, segundo Sérgio do Prado. A delegação viaja no dia 28, uma segunda-feira, menos de 24 horas após a partida contra o União Barbarense que, para elevar o desgaste, ainda será em Santa Bárbara D‘Oeste. No retorno da Venezuela, a preocupação não será menor: no dia 6 de março, o campeão da Copa do Brasil faz o clássico do Grande ABC contra o São Caetano, às 18h, no estádio Bruno Daniel, pelo Campeonato Paulista, no qual ocupa a quarta colocação com dez pontos ganhos.

Maratona – Até a estréia na Libertadores, o Santo André terá uma maratona pela Série A-1. Serão cinco partidas, com apenas uma folga, no dia 16. Na Quarta-Feira de Cinzas, o jogo será com a Internacional de Limeira, às 19h, no Bruno Daniel. No domingo, às 17h, o time da região joga com o Rio Branco, em Americana. Já no dia 20, também domingo, o adversário será o União São João, no Bruno Daniel.

As duas últimas partidas antes da viagem para a Venezuela serão no dia 23, quarta-feira, contra o América, em São José do Rio Preto, e dia 27, domingo, em Santa Bárbara D‘Oeste.

Fora de campo, as preocupações não são menores. Além da primeira viagem internacional da história do clube, o Santo André terá de cumprir três exigências da Conmebol. Na vistoria feita sexta-feira à noite, no Bruno Daniel, o secretário-executivo da entidade Francisco Brites determinou a mudança dos bancos de reservas (deve ser no setor oposto aos atuais, com capacidade para 15 integrantes cada um), a colocação de balões infláveis para o acesso das equipes ao gramado e a pintura de vestiários.