Uma festa de casamento terminou em pânico e um ferido na madrugada deste domingo, na Vila Noêmia, em Mauá. Terminada a cerimônia, a festa ia bem até que um grupo percebeu que um dos convidados, um policial militar, estava armado. De acordo com testemunhas, o grupo decidiu retirá-lo da festa, dando início à confusão, que acabou com vários tiros. Um deles atingiu o pescoço do escriturário E.C.M.G, 26 anos, padrinho dos noivos. Autor dos tiros, Antônio Carlos Vieira Júnior, 23, foi detido em flagrante. O restante do grupo fugiu.

G. foi socorrido pelos amigos e levado à Santa Casa de Mauá. De acordo com familiares, na manhã deste domingo ele passou por uma cirurgia para a retirada da bala e agora não corre mais risco de vida. Convidados relataram ao Diário terem ouvido os disparos que ocorriam do lado de fora do salão, o que provocou medo e encerrou a festa.

De acordo com o delegado do plantão do 1º DP de Mauá, Luiz Vanderlei de Lima, G. foi atingido quando se aproximou do grupo e pediu para que a briga parasse. “Neste momento, o Júnior conseguiu arrancar a arma do policial, que estava rendido pelo grupo, e atirou na direção de G.. Também efetuou outros disparos na direção de outras pessoas, mas não acertou.” Morador do bairro, G. era conhecido da vítima.

Segundo o delegado, após os disparos, o policial militar A.V., 26 anos, pediu apoio policial. Júnior fugiu, mas foi preso em flagrante momento depois, na casa de um tio, com a arma do militar. Ele foi denunciado por outros convidados da festa. Júnior foi conduzido à Cadeia Pública de Ribeirão Pires, onde aguardará julgamento por latrocínio (pelo roubo da arma e pela tentativa de homicídio), cuja a pena varia de sete a 15 anos.