Política Titulo Doações
Partidos investem R$ 7,7 mi para pavimentar prefeituráveis

Na lista preliminar, 18 legendas efetivaram depósito em candidaturas majoritárias; mesmo sem nome próprio, Avante lidera

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
25/10/2020 | 00:24
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Perto de completar um mês de campanha nas ruas, os partidos políticos investiram total de R$ 7,74 milhões nas candidaturas majoritárias do Grande ABC, concentrando principal fatia da arrecadação de recursos das empreitadas ao Paço. Em lista preliminar levantada pelo Diário, 18 legendas concretizaram doações a aliados, principalmente por meio do fundo eleitoral. Mesmo sem ter nome próprio na região, o Avante é a sigla que aparece à frente no rol geral, com depósitos somados de R$ 1,52 milhão.

O montante mais significativo do Avante se deu para a campanha do prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior (PSDB), na quantia de R$ 500 mil. As transferências volumosas do partido coligado registram justamente apoio a figuras tucanas no pleito. Na sequência estão os chefes do Executivo de Santo André, Paulo Serra, e de São Bernardo, Orlando Morando, que receberam R$ 329 mil e R$ 300 mil, respectivamente. No comando de quatro cidades, o PSDB, a princípio, oficializou repasse acumulado de R$ 1,1 milhão. O diretório nacional aplicou R$ 750 mil na corrida de Morando, enquanto a municipal entrou com R$ 351,1 mil para o andreense.

Morando é recordista de doações até o momento desta eleição na esfera das sete cidades. Foram R$ 2,97 milhões de recursos. Destes, R$ 2,55 milhões oriundos de partidos. Para se ter ideia do tamanho da força do dinheiro do fundo eleitoral, o valor representa 85,74% do total. Ou seja, R$ 374 mil configuram verba de pessoas físicas. O tucano depositou ainda R$ 50 mil do próprio bolso no páreo (mais informações sobre autofinanciamento ao lado). Candidato governista de Diadema, o vereador Pretinho do Água Santa (DEM) formalizou R$ 500 mil de repasse do seu partido. A quantia equivale a 97,37% do total arrecadado.

Sigla também sem candidatura a prefeito na região, o Cidadania surge em terceiro lugar num hipotético ranking, com repasse de R$ 800 mil (R$ 500 mil a Morando e R$ 300 mil a Auricchio). O volume é o mesmo que empregado pelo PDT nas candidaturas próprias do ex-chefe do Executivo Donisete Braga, em Mauá, e do vereador Ronaldo Lacerda, em Diadema.

Outro número inusitado é o Podemos aplicar R$ 690 mil, sendo R$ 600 mil em São Bernardo e R$ 40 mil em Rio Grande da Serra, onde tem único nome majoritário no Grande ABC, com Claudinho da Geladeira.

Com cinco figuras ao Paço e um a vice, o PSB investiu R$ 680 mil. Destes, R$ 400 mil foram divididos entre o prefeito de Mauá, Atila Jacomussi, e o ex-vereador Ailton Lima, em Santo André. O PT, por sua vez, tem candidaturas em todos os municípios e começou a pulverizar os recursos. São R$ 593,9 mil no período. A maior parcela destinada a Luiz Marinho (R$ 180,1 mil), que tenta retornar à Prefeitura de São Bernardo. A vereadora e correligionária Bete Siraque recebeu R$ 151,8 mil (100% da receita), quantia mais próxima computada pelo também parlamentar Marcelo Oliveira, de Mauá. Ex-prefeito de Diadema, José de Filippi registrou R$ 87,8 mil.

Candidatos ao Paço despenderam R$ 517 mil do próprio bolso

Os candidatos a prefeito na região despenderam o volume parcial de R$ 517,4 mil do próprio bolso nas campanhas. Nem todos tiraram de suas economias para aplicar no processo. Ao todo, o Grande ABC contabiliza 59 postulantes ao Paço nas sete cidades. Destes, 17 nomes já promoveram autofinanciamento da empreitada. O destaque do cenário em questão fica por conta do empresário José Lourencini (PSDB), de Mauá, que debuta no pleito e investiu R$ 150 mil de recursos (96,15% do total).

Primo do prefeito Lauro Michels (PV) e símbolo da ruptura do grupo governista de Diadema, Marcos Michels (PSB) aplicou R$ 70 mil de verbas próprias (recebeu R$ 100 mil da sigla socialista). Logo na sequência da lista aparecem Mauro Roman (PRTB, de Mauá), com R$ 61,3 mil, seguido de Orlando Morando (R$ 50 mil), Taka Yamauchi (PSD, de Diadema), que entrou com R$ 40 mil, e Mario Bohm (Novo, de São Caetano), responsável por R$ 28,8 mil.

Proibida a doação privada, ficam permitidas as hipóteses de repasse do fundo eleitoral, pessoas físicas, limitada a 10% dos ganhos auferidos no ano anterior à eleição, e autofinanciamento pelo candidato.  




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