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Após volta, Mario tenta ser candidato à reeleição

Vereador pede ao PDT para haver substituição na chapa: ‘Outros políticos respondem a ações’

Por Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
16/10/2020 | 00:47
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André Henriques/DGABC


O advogado Mario de Abreu (PDT) reassumiu ontem o mandato de vereador de São Bernardo e avisou que já entrou em contato com a direção do partido para tentar se inscrever como candidato à reeleição.

O pedetista citou o artigo 13º, parágrafo terceiro, da Lei 9.504, conhecida como Lei de Eleições, que permite a substituição de postulante na eleição majoritária (prefeito e vice) ou proporcional (vereadores) até 20 dias antes da data do pleito. Ou seja, algum candidato a vereador do PDT teria de concordar em deixar a campanha e dar espaço a Mario até o dia 25 de outubro.

Mario responde a ações decorrentes da Operação Barbatanas, conduzida pelo Ministério Público e deflagrada no fim de 2017, que acusou o político de cobrar, na condição de secretário de Gestão Ambiental do governo de Orlando Morando (PSDB), por emissão de licenças ambientais e por cargos dentro da pasta. Ele nega todas as acusações.
“O fato de uma pessoa responder a uma ação criminal não a torna condenada. Sou réu, mas não condenado. Nem em primeira instância. Não perdi o atestado de idoneidade”, disse Mario. “Meu afastamento judicial foi excesso. Quase esvaziou meu mandato. Em três anos, nenhuma condenação a mim foi aplicada. Tenho a ficha limpa. Respondo a ação assim como outros políticos, que respondem e seguem a vida”, emendou.

Um dos políticos que foram denunciados recentemente por corrupção foi Morando – no caso da Operação Prato Feito, que apontou suspeita de organização criminosa que desviava recursos da merenda escolar e alimentação de saúde na Prefeitura de São Bernardo. O caso do tucano está no TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região), ainda na fase de citações – ou seja, Morando não se tornou réu, embora seja denunciado.

O PDT é presidido pelo ex-deputado Ramiro Meves e está no arco de aliados do ex-prefeito Luiz Marinho, candidato do PT ao Executivo neste ano.

Mario lamentou a demora na concessão de medida cautelar, dentro de habeas corpus, por parte do ministro Marco Aurélio Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal). “Minha candidatura foi impedida injustamente pela demora da apuração dos fatos e de a Justiça em julgar meu retorno. A Justiça foi feita, pena que foi tarde. Vou correr atrás do prejuízo. Quero fazer valer o apoio das 3.014 pessoas que acreditaram em mim em 2016.”  




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