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Primeira-dama peruana defende nos EUA cultivo de coca
Da AFP
22/02/2005 | 17:19
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A primeira-dama do Peru, a antropóloga Eliane Karp de Toledo, defendeu nesta terça-feira o cultivo de coca por parte dos povos indígenas, ressaltando que este tem muitos benefícios do ponto de vista da saúde e ritualístico, acrescentando ainda que as plantações e sua utilização jamais poderão ser erradicadas completamente.

"A coca não pode ser erradicada completamente, pois é parte da vida e dos rituais dos povos peruanos", destacou Karp ao término de uma conversa sobre democracias emergentes e as comunidades indígenas na Universidade de George Washington.

"A coca tem muitas, muitas virtudes além do papel que cumpre do ponto de vista da saúde e dos rituais", continuou ao responder uma pergunta sobre a importância do cultivo de coca para a identidade indígena.

"O cultivo da coca, matéria-prima da cocaína, é completamente guiado pelo mercado", recordou. "A demanda existe e, por isso, a equação é extremamente simples", sustentou ao lembrar que além de tudo a coca cresce na região sem esforços ou necessidade de ajuda.

"Para as pessoas que acreditam no livre mercado e na economia, este é um exemplo excelente. Os camponeses são excelentes economistas", afirmou com um sorriso. Karp disse que não há qualquer outra solução para o cultivo da droga a não ser que os agricultores e indígenas recebam subsídios para cultivar certas matérias-primas como café orgânico, tal como fazem alguns países europeus em suas ex-colônias africanas.




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