Política Titulo Sigla minimiza perdas
Chapa do PSDB à Câmara parte para eleição com 1,2 milhão de votos a menos
Fabio Martins
20/08/2018 | 07:52
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Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil


Assim como no cenário à Assembleia Legislativa, parte dos candidatos a deputado federal campeões de votos do PSDB na eleição de 2014 está fora da corrida deste ano. Do quadro dos dez políticos mais bem votados, cinco eram do tucanato. O principal nome do partido na disputa e quarto no ranking geral, Bruno Covas é hoje prefeito de São Paulo – eleito vice em 2016, assumiu com a renúncia de João Doria (PSDB) – e não integra a chapa. Obteve 352,7 mil votos na ocasião. No total, esse rol conta com seis quadros da sigla, que receberam mais de 100 mil sufrágios cada. Em números, esse grupo carregou votação de 1,27 milhão nas urnas.

O PSDB elegeu há quatro anos 14 deputados das 70 cadeiras por São Paulo. Em caso semelhante a Bruno Covas, outro então federal que não está na lista é Duarte Nogueira, eleito prefeito de Ribeirão Preto em 2016. Na oportunidade, ele atingiu 254 mil votos. O parlamentar Silvio Torres, que registrou 175 mil sufrágios, desistiu de tentar a reeleição, alegando razões pessoais. Já Ricardo Tripoli e Mara Gabrilli, com 233,8 mil e 155,1 mil votos, respectivamente, irão pleitear vaga no Senado. Mendes Thame, por sua vez, migrou de legenda e buscará renovar o mandato pelo PV. O verde teve 106,6 mil citações.

Coordenador do tucanato no Grande ABC, Márcio Canuto minimizou o quadro ao sustentar que a cúpula do PSDB fez trabalho desde o começo do ano para buscar “potenciais candidatos para cobrir esse desfalque”, como ex-prefeitos e outras lideranças testadas. “Montamos chapa forte novamente, com a proposta de, ao menos, repetir o resultado, e confiamos nessa missão puxados por Geraldo Alckmin (PSDB) à Presidência”, disse, acrescentando que um dos nomes “novos” na chapa é de José Aníbal.

Vereador de São Caetano, Daniel Córdoba é o único tucano com reduto no Grande ABC inserido no rol a federal. Canuto frisou que essa “situação pontual” se deu para abrir espaço na chapa para partidos aliados. “Abrimos mão de um ou outro nome a mais para trazer parceiros. Temos, por exemplo, Ailton Lima, Marcelo Lima e Fabio Palacio (trio do PSD e com domicílio na região) que estão conosco na chapa.”

A chapa proporcional coligada PSDB-PSD-DEM-PP entra no páreo com 20 parlamentares pela reeleição, sendo desses metade do tucanato. No total, são 61 candidatos pela sigla. Entre eles algumas apostas, como Rubens Tripoli, integrante do clã Tripoli, mas que vai debutar na briga por cargo eletivo. Ele é irmão de Ricardo, do deputado estadual Roberto Tripoli (PV) e do vereador paulistano Reginaldo Tripoli (PV). Há também Samanta Duarte Nogueira, mulher do prefeito de Ribeirão Preto, além dos deputados estaduais Fernando Capez e Carlos Bezerra Júnior. 




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