O Centro para os Direitos Humanos e a Democracia, com sede em Hong Kong, anunciou, neste sábado, que Zhao Ziyang, ex-secretário-geral do PCC (Partido Comunista Chinês), destituído em 1989 por ter-se oposto à repressão da Primavera de Pequim, se encontra em "coma profundo" num hospital. O grupo citou como fonte um parente.
"Zhao Ziyang entrou em coma na sexta-feira às 19h (horário local) e às 18h30 deste sábado continuava em estado de coma", indicou o centro. "Seu familiar chorava ao telefone e pedia às pessoas que se preocupem por ele, que rezem por ele, já que pode deixar este mundo esta noite", dizia ainda o comunicado.
Zhao, que foi secretário-geral do PCC e primeiro-ministro da China durante a maior parte dos anos 80, foi destituído em 1989 por se opor à sangrenta repressão do movimento democrático iniciado com as manifestações de Tiananmen. Desde essa data viveu sob prisão domiciliar.
Numa iniciativa sem precedentes, o Ministério de Relações Exteriores da China desmentiu na terça-feira uma informação de um diário de Hong Kong de que Zhao havia morrido e confirmou que ele havia recebido tratamento médico recentemente.
O governo chinês trata Zhao como 'persona non grata' e quase nunca o menciona em público. Nenhum veículo de comunicação oficial confirmou os problemas de saúde do ex-chefe do PCC.
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