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Picerni completa um ano de conquistas no Azulão
Por Edélcio Cândido
Do Diário do Grande ABC
20/02/2001 | 00:29
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São exatos 60 jogos – 143 gols marcados e 67 sofridos. Performance de 39 vitórias, 14 empates e apenas sete derrotas. Números que resultaram na conquista do título da Série A-2 e no inédito vice da Copa João Havelange de 2000, além da atual vice-liderança do Campeonato Paulista da Série A-1. São números privilegiados que marcam, nesta terça-feira, o sucesso de um ano exato de Jair Picerni – 55 anos – à frente do comando técnico do São Caetano. No bojo, a classificação para a Copa Libertadores da América, um marco para o futebol do Grande ABC.

No dia 18 de fevereiro do ano passado, Picerni foi contratado para substituir o folclórico Roberval Davino. Já no dia 19 foi apresentado ao elenco e no dia 20 deu início à Era Picerni. A proposta era a de trocar a timidez ofensiva do time com futebol de muita velocidade e gols. A vitória sobre o São Paulo por 2 a 0, domingo, no Morumbi, marcou um ano vitorioso de Picerni no Azulão.

"Eu nem lembrava disso. Mas é bom saber. No futebol nada é por acaso. É um conjunto de detalhes que acaba chegando a algum lugar. Felizmente, o São Caetano foi longe, mas sinto que podemos ir muito mais longe", declarou.

O ousado treinador do São Caetano foi contratado no mesmo dia em que Waldyr Espinosa chegou para salvar o Fluminense carioca. Assim como Espinosa, que permanece com bom trabalho nas Laranjeiras, Picerni revitalizou o futebol da equipe do Grande ABC e a sua fama rompeu fronteiras. Ao impor o futebol ofensivo, alegre e vencedor, Picerni virou um supertécnico. O Parque Antártica se transformou, nos mata-mata da Copa JH, em vitrine para os gols de Adhemar, para a revelação de César – cogitado até para a Seleção Brasileira –, 21 gols até agora, e nomes como Claudecir, Adãozinho, Esquerdinha e Wágner. Em um ano, ele bateu também o recorde de 53 partidas do ex-treinador Luiz Carlos Ferreira, que recentemente deixou o Etti Jundiai (Série A-2).

A estréia oficial de Picerni no Azulão foi no dia 8 de março de 2000: goleou o XV de Piracicaba por 6 a 1, na abertura da Série A-2. Era o início da marca ofensiva com Zinho, Túlio e Leto. Na A-2 foram 17 vitórias, três empates e uma derrota. Na Copa João Havelange, o time virou sensação. Palmeiras, Corinthians (perdeu amistoso, por 3 a 1) e São Paulo (2-0) já sentiram o gostinho amargo de derrotas diante da equipe do Grande ABC. Por tudo isso, o treinador renovou contrato e admite que não haveria motivo para sair. "A estrutura é de time grande, e sempre trabalhamos conscientes, pensando grande".

Nesta terça-feira, de volta à estância de Atibaia, Jair Picerni começa a preparar o time não só para voar alto no Paulista, mas buscar a realização de um sonho: a disputa da Libertadores.




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