Artigo

O Grande ABC vem sofrendo aumento desordenado em sua frota de veículos. Com isso, sofremos os impactos mais nefastos e cruéis desses números crescentes. As pessoas, em nome de seu conforto, justo e compreensivo, de ter seu próprio veículo, infelizmente colocam toda coletividade à margem, no tocante à mobilidade urbana.

Exemplo disso são os índices de poluição, que só aumentam, apesar de toda evolução tecnológica destinada a reduzir a emissão de gases tóxicos pelos veículos. Em todas as cidades do Grande ABC, aumentaram os números de vítimas fatais de acidentes de trânsito. Esses números só demonstram a falta de preocupação governamental com a questão da educação no trânsito, principalmente com a chegada em massa dos motoboys, verdadeiros ‘cavaleiros do apocalipse' montados em suas máquinas de duas rodas, costurando o trânsito e sendo as principais vítimas do já violento trânsito urbano.

Outro fator passível de análise é o caos que impera nos engarrafamentos vividos diariamente por quase toda população que reside no Grande ABC. Em especial, o tráfego das cidades que fazem corredor de acesso com a Capital. Some-se a isso o falecimento gradual do sistema de transporte coletivo, que não consegue dar vazão às necessidades crescentes da população que tanto precisa desses meios de transporte. Vivemos ainda uma política que pouco conscientiza a população sobre a importância do uso dos transportes coletivos, estimulando os motoristas a deixarem de lado os veículos particulares.

É óbvio que o setor privado está pronto para encarar o desafio, e investir no transporte e no trânsito, porém só fará esses investimentos se o poder público investir em logística e planejamento estratégico. Digo isso pois sem que haja a criação de secretarias municipais exclusivas para o triângulo - transporte, trânsito e obras viárias, bem como autarquias de engenharia e tráfego, como a CET (Companhia de Engenharia e Tráfego de São Paulo) - será muito difícil planejarmos ações de melhoria para o trânsito e o transporte.

Sem planejamento estratégico, a médio e longo prazos, o setor empresarial jamais investirá seriamente nesse setor. E ao fim de todo esse processo, quem sofre é a população, esteja ela dentro de um ônibus ou de um Mercedes-Benz.

Donay da Silva Jacintho Neto é tecnólogo em Logística.

Palavra do leitor

Dia do Trabalho 1
Hoje, o trabalhador deveria comemorar seu dia com alegria. Mas neste País, em que a corrupção toma conta, não tem muito o que comemorar! Políticos desonestos, empregos com salários miseráveis, o trabalhador demorando quase duas horas para chegar ao local de trabalho etc. Falta investimento em transporte e melhores condições de trabalho, e as empresas deitando e rolando com dinheiro de empréstimos no BNDES. Sindicatos e centrais sindicais estão vendidos ao governo federal, prova disso é que não pressionam o Congresso Nacional para acabar com o fim do fator previdenciário, a correção integral da tabela do Imposto de Renda, enfim, os sindicatos acabaram na região e no País! Estão atrelados a partidos políticos e não defendem mais os interesses dos trabalhadores, é necessário e urgente que surja outra central sindical para defender as bandeiras e necessidades dos trabalhadores, porque hoje só existem os prédios e discurso político-partidário. Feliz Dia do Trabalhador, Brasil, um País de poucos.
Ailton Gomes
Ribeirão Pires

Dia do Trabalho 2
A notícia de que Santo André não terá festa hoje, Dia do Trabalho, vem confirmar que os administradores do dinheiro público só planejam eventos com grandes nomes da MPB ou parcerias com grandes emissoras de rádio de São Paulo. Que tal festa com atrações musicais e teatrais da nossa cidade? Santo André! Temos artistas tão gabaritados, que cobram cachês muito menores, quanto os que costumam ser convidados/pagos. Quantas vezes o Departamento de Cultura já usou artistas locais sem desembolsar nada mais que um lanchinho para matar a fome? Que pena que ninguém da Prefeitura pensou em fazer festa para os fãs dos grupos musicais aqui da cidade, sejam eles de samba, MPB, música clássica, sertanejo ou rock. E o Conselho Civil de Cultura, não existe? Quem sabe os próximos prefeito e secretário de Cultura baixem um pouco a bola e prestigiem os nossos artistas. Se precisarem de ajuda é só pedir.
Cesar Guisser
Santo André

Resposta
Em resposta ao leitor Carlos Alberto Frabetti (Omissão, dia 25), referente à Rua Aracanga e as demais que circundam o Parque Regional das Crianças, o Departamento de Segurança e Trânsito de Santo André informa que é mantida rota de fiscalização diária no local e que, diante da denúncia do leitor, as equipes de fiscalização serão reforçadas para coibir abusos. O munícipe também pode entrar em contato com o Departamento de Segurança de Trânsito e solicitar apoio dos agentes pela Central de Monitoramento de Trânsito, que funciona 24 horas por dia, pelo 0800- 7703194.
Prefeitura de Santo André

Ironia
A sacolinha plástica para uso do consumidor vivo polui. Já quando morre, ele pode ter suas cinzas depositadas em outra sacolinha, que esta é ecologicamente correta (Setecidades, ontem)! Brasil: um País de tolos!
Carlos Varhidy
Santo André

Não liberado!
Quem será que venceu as licitações?Sobre o risco que correm as pessoas ao ignorar a sinalização de interdição da calçada do prédio que desabou parcialmente em São Bernardo (Setecidades, dia 24), gostaria de dizer que realmente as pessoas se arriscam bastante ao cruzar pelo asfalto. Como motorista eu poderia estar indignado com a atitude dos pedestres mas, neste caso, a culpa não é deles. O prédio desabou há três meses e de lá pará cá nada foi feito para que o acesso fosse restabelecido. Quanta ingenuidade achar que pessoas apressadas, muitas delas que nem sabem o que se passou ali, queiram por conta própria fazer um desvio que aumentaria em pelo menos cinco minutos o seu trajeto. O que efetivamente tem de ser feito é o restabelecimento do acesso, afinal tanto se fala em acessibilidade e, pelo jeito, muito pouco é feito para que isso ocorra. Autoridades de São Bernardo, procurem com urgência solução para o local, e não punição para o cidadão que precisa transitar com segurança.
José Carlos Romero
São Bernardo