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Sexta-Feira, 19 de Abril de 2024

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Palavra do leitor
Precisamos falar sobre o Alzheimer
Por Do Diário do Grande ABC
06/08/2019 | 11:56
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Começa mais ou menos assim: a mesma pergunta é feita várias vezes; há também dificuldade em acompanhar conversas e articular; sair de carro se transforma em pesadelo porque achar o caminho não é natural. 

Esses sinais evidenciam o primeiro e mais característico sintoma da doença de Alzheimer, a perda de memória recente. O Alzheimer é doença neurodegenerativa que provoca a diminuição das funções cognitivas. 

Em poucas palavras, as células cerebrais morrem, prejudicando a função mental. A progressão da doença acarreta em problemas mais graves, como o esquecimento de fatos mais antigos, a desorientação no espaço e irritabilidade. Falar sobre a doença de Alzheimer é questão de saúde pública. 

No mundo, estima-se que 50 milhões de pessoas sofram de demência – grupo de distúrbios cerebrais que causam a perda de habilidades intelectuais e sociais. De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), a doença é responsável por até 70% dos casos de demência. 

Aqui no Brasil, o cenário é particularmente desafiador. O número de indivíduos vivendo com demência deve triplicar até 2050, segundo relatório da OMS. E o número de pacientes diagnosticados com Alzheimer deve crescer em proporção semelhante.

Ainda não há cura para o Alzheimer, o objetivo do tratamento se limita a frear os sintomas. E, com a iminência do cenário descrito anteriormente, autoridades de saúde se veem diante de empreitada. Trata-se de enfermidade de evolução progressiva e inexorável. Viabilizar soluções que melhorem a qualidade de vida de pacientes e cuidadores é essencial.

Nesse sentido, alguns passos já foram dados. Por exemplo, a ampliação do acesso aos tratamentos via sistema público de saúde, contribuindo para minimizar a progressão da doença e melhorando a qualidade de vida dos pacientes. 

Há exatamente um ano, o Ministério da Saúde disponibiliza o medicamento Rivastigmina adesivo transdérmico para tratamento da doença. 

O medicamento age inibindo enzima responsável por degradar a acetilcolina, neurotransmissor essencial nos processos cognitivos, principalmente a memória.

A doença de Alzheimer pode não ter cura, mas, se diagnosticada no início, o tratamento adequado ajuda a impedir a progressão e amenizar os sintomas, proporcionando melhor qualidade de vida ao paciente e reduzindo o sofrimento dos cuidadores e da família. O avanço da ciência abre caminho promissor e traz esperança para toda sociedade.

Rodrigo Rizek Schultz é neurologista e presidente da Abraz (Associação Brasileira de Alzheimer).

Impeachment

Meu sonho ultimamente tem sido acordar e ser presenteado com a informação de que Bolsonaro não é mais presidente. Quem, por favor, será o primeiro a pedir impeachment do pior comandante que o Brasil já teve? Cada dia uma pérola, mas nada de sugerir soluções aos problemas da Nação. Fora, inútil!

Suzana De Marchi

São Bernardo

Quem comanda?

O que mais preocupa a população brasileira, que nas últimas eleições depositou as esperanças nas urnas – a fim de Brasil com mais seriedade, autoridade e dignidade –, é ter a certeza de quem comanda a Nação. Se é o presidente da República e sua equipe de governo, ou os ‘excelentíssimos’ integrantes do Supremo Tribunal Federal. Essa é a dúvida que paira no ar e a pergunta que não quer calar. 

Sérgio Antônio Ambrósio

Mauá

Educação

Muito oportuna a reportagem de autoria da competente jornalista Aline Melo alusiva ao ensino municipal diademense (Setecidades, dia 3). Na condição de munícipe, regente aposentado do quadro do magistério da municipalidade diademense e conselheiro do Conselho Municipal de Educação, parabenizo as ex-secretárias de Educação Lisete Arelaro e Maria Lucia Couto, que deixaram marcas indeléveis progressistas no ensino municipal e se prontificaram a conceder entrevistas a este prestigioso Diário, deixando patente suas profícuas ações gestoras em prol de educação de qualidade. O Editorial (Opinião) informa que o atual secretário de Educação, apesar dos reiterados pedidos de entrevista, ‘não conseguiu brecha na sua agenda’ para este fim, privando os leitores do Diário de terem ciência da sua ação gestora.

João Paulo de Oliveira

Diadema

Rearrumação

O Brasil arrecada muito, gasta mal e é mínima a contrapartida. É preciso disciplinar o uso dos recursos disponíveis e a área política carece de rearrumação. A profusão de partidos políticos é prejudicial à democracia e assaz dispendiosa (em 2018 torramos R$ 2,63 bilhões com fundos políticos) e em 2020 serão R$ 3,7 bilhões (12.062 vezes que a maior Mega-Sena da Virada, de R$ 307.718.743,68, em 2017). Além da reforma da Previdência, é de suma importância reforma política mantendo o espírito democrático: bastam três partidos (centro, esquerda e direita), redução de um terço no número de legisladores (aos federais, após três semanas em Brasília, folga de uma semana com passagens 0800 às bases só uma vez por mês), redução também dos penduricalhos e manter no máximo dez assessores por congressista). Nas câmaras municipais, cinco assessores por vereador e apenas a ajuda de custo de dez salários mínimos nos municípios com mais de 400 mil eleitores. Eleições unificadas, de quatro em quatro anos, para todos os cargos eletivos e R$ 1,5 bilhão de fundo político só em ano eleitoral, ou seja R$ 500 milhões para cada um dos três partidos. Em resumo: a função política será a de servir ao País, em vez de se servir do País. 

Humberto Schuwartz Soares

Vila Velha (ES)

Crime compensa?

Não há quem não concorde que a grande culpada pelo enorme crescimento da violência e da criminalidade no País é mesmo a famigerada impunidade. Por outro lado, é preciso considerar que existe outro grande vilão nessa história, que seria o variado ‘cardápio’ de recursos que a lei assegura ao acusado e que qualquer advogado pode lançar mão e, dessa forma, livrar seu cliente mesmo que as acusações tenham ocorrido com base em robustas provas dos crimes cometidos. Enquanto esse quadro não for mudado, é isso que se verá nos noticiários diários. Pura e simples!

Maria Elisa Amaral

Capital

Kajuru

Só pode ser piada, e de mau gosto, a fala do senador Jorge Kajuru, quando apresenta projeto que dá poder à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) de firmar ou não as delações de corruptos, que, pela legislação, o Judiciário e até o MPF (Ministério Público Federal) e a PF (Polícia Federal) é que podem homologar ou não o conteúdo das delações! Ou seja, é ofensa a nós, brasileiros, esta extravagante proposta de Kajuru, já que a maioria dos envolvidos em corrupção – como apurado no Mensalão e, há anos, pela força-tarefa da Operação Lava Jato –, infelizmente pertence à nossa decadente classe política. E, com o forte corporativismo vigente já há anos no Congresso, certamente as delações que apontam como supostamente políticos corruptos não serão homologadas, assim como dificilmente é cassado um parlamentar. Acorda, Jorge Kajuru!

Paulo Panossian

São Carlos (SP)

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