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Contenção ao crédito afeta atividade econômica
Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
26/07/2011 | 07:11
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A atividade econômica do País cresceu 0,5% em maio na comparação com abril. Em relação ao mesmo mês de 2010, a expansão da atividade foi de 3,2% e, nos últimos 12 meses encerrados em maio, houve elevação de 5,1%. É o que aponta a pesquisa mensal realizada pela Serasa Experian.

Segundo o economista da empresa, Luiz Rabi, ao olhar para os meses deste ano, o Brasil continua crescendo. No entanto, ao compararmos os trimestres, é possível notar que as medidas fiscais e monetárias adotadas pelo atual governo começam a produzir trajetória de desaceleração na economia, em linha com as necessidades de se promover a convergência da inflação à sua meta.

Do ponto de vista da demanda agregada, o maior crescimento em maio foi verificado na formação bruta de capital fixo (alta de 6,2% em relação a abril deste ano). Em seguida vieram as exportações de bens e serviços com expansão de 1,5%. Os consumos das famílias e do governo registraram avanços de 0,5% e 0,4%, respectivamente. E, por fim, as importações de bens e serviços acusaram alta de 0,8% em maio frente a abril.

Já pelo prisma da oferta agregada a indústria, com elevação de 2,8% em abril, puxou para cima o ritmo da atividade econômica em maio. A agropecuária (alta de 0,2% frente a abril) e o setor de serviços (crescimento mensal de 0,7%) exibiram ritmos menores de expansão em maio deste ano.

"O resultado já era esperado, uma vez que, o crescimento brasileiro em 2010, de 7,5% no ano, seria insustentável, já que era baseado na inflação. Hoje, estamos crescendo, porém, num ritmo menor. Era exatamente esta a intenção do governo", conta Rabi.

O economista Sandro Maskio compartilha da mesma opinião. "A menor velocidade do consumo das famílias, inclusive no Grande ABC, já reflete as medidas do governo, como a alta dos juros".

Para o professor, o cenário se repetirá nos próximos meses. "A atividade da economia, como um todo, continuará retraída. Do ponto de vista da produção é muito ruim, pois barramos o ritmo dos trabalhadores. Mas do ponto de vista da inflação, essa queda no crescimento é boa, já que com menor inflação, os preços tendem a cair", comenta Maskio.

 




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