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Como o circo surgiu?

Celebrado no Brasil no dia 27, nasceu na Europa unindo artistas de rua e ex-militares

Por Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
23/03/2014 | 07:00
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O circo que conhecemos, feito de lonas e que viaja por diversas cidades com palhaços, acrobatas e muita alegria, surgiu em Londres, na Inglaterra, em 1768. Nesse ano, o sargento da cavalaria inglesa Philiph Astley decidiu mostrar suas habilidades sobre o cavalo em apresentações públicas. Para isso, montou um anfiteatro (espaço circular com palco e arquibancadas).

O espetáculo reunia dois grupos: os ex-militares da cavalaria real (que se equilibravam e saltavam sobre cavalos em movimento) e os artistas que se exibiam em praças, feiras e teatros populares, conhecidos como saltimbancos. A partir de então, as apresentações – que em pouco tempo se espalharam pelo mundo – passaram a ser feitas em espaço redondo, chamado picadeiro.

Mas as artes circenses – acrobacia, adestramento, equilibrismo, ilusionismo, malabarismo e outras –, que foram reunidas no picadeiro do circo, são bem mais antigas. Nasceram há milhares de anos com o desenvolvimento da humanidade. Acredita-se que egípcios e chineses já praticavam acrobacias na Antiguidade.

No Brasil o circo chegou na metade do século 19, trazido talvez por famílias europeias de tradição circense.

SÍMBOLO
Andar de cabeça para baixo com o apoio das mãos, ser atirado por um canhão, se equilibrar no fio de arame, jogar objetos sem deixá-los cair são façanhas que vemos no circo.

Antes disso, porém, a principal marca dele eram os cavalos. Mas não demorou para que o palhaço se tornasse o destaque do picadeiro. Tanto que em 27 de março é celebrado o Dia do Circo no País. A data foi criada em homenagem a um dos principais palhaços brasileiros, o Piolin. Seu nome verdadeiro era Abelardo Pinto; nasceu em 1897 e morreu em 1973.


Palhaço é a alegria do picadeiro

O palhaço atravessou os séculos fazendo estrepolias em dupla. Assim, surgiram dois personagens completamente diferentes. O chamado excêntrico era careca, tinha nariz vermelho, bengala enorme e fazia tudo errado e o que bem queria fazer. Ele contracenava com outro tipo de palhaço, conhecido como clown. Este era o oposto: tinha roupa luxuosa, rosto pintado de branco e vivia corrigindo o companheiro trapalhão.

No Brasil, o circo só ficou famoso por causa dos palhaços que aqui atuaram, entre eles Piolin, Arrelia, Torresmo e Carequinha. E sempre foi o do tipo excêntrico que se dava bem no final das cenas, arrancando boas risadas do ‘respeitável público’.


Rafael Paulino Ribeiro, 5 anos, de Diadema, nunca foi ao circo, mas acredita que seja muito divertido. “Já vi pela TV. Tenho vontade de ir. É tudo muito engraçado e colorido.” Das figuras circenses, é do palhaço que o menino mais gosta. “Algumas festas em que fui tinham palhaços. Eles são demais”, afirma.


Consultoria de Veronica Tamaoki, diretora do Centro de Memória do Circo e autora dos livros O Fantasma do Circo e Circo Nerino, e Walter de Sousa Junior, professor e pesquisador do universo circense, autor de Mixórdia no Picadeiro e consultor da exposição Hoje Tem Espetáculo?, do Centro de Memória.
 




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