Durante solenidade para o lançamento da Política Nacional de Museus, no Rio de Janeiro, Gil considerou insuficientes os recursos previstos para este ano, equivalentes a 0,25% do orçamento (R$ 280 a R$ 300 milhões), com metade desse valor contingenciada.

“Não há dúvidas de que é preciso brigar por mais recursos. Por mais que se tenha imaginação e nos esforcemos com criatividade, chega uma hora que é uma questão de investimento. Sem ele, não há retorno”.

Gil disse que já esteve na Câmara dos Deputados tratando do assunto, e que há 15 dias também conversou com o presidente do Senado, José Sarney, durante uma reunião de trabalho.

Apesar de pedir um aumento de verbas para sua pasta, Gilberto Gil defendeu que os ministros peçam aumento de investimentos no âmbito interno do governo federal, como forma de prestigiar a política econômica que vem sendo adotada.

“O Brasil está querendo avançar. Agora, é preciso prestigiar a política econômica do governo Lula, conduzida pelo ministro Palocci. São eles que estão com o ônus de impor um regime de austeridade ao país, para que se possa obter o superávit necessário”, considerou.

Gil admitiu que, internamente, vem conversando com o ministro da Fazenda, Antônio Palocci, e com o ministro do Planejamento, Guido Mantega, avaliando a possibilidade do momento certo de “relaxamento” que permita a liberação de mais verbas para a cultura.

“Vários ministros vêm reivindicando, alguns em público, mas eu não tenha falado. O presidente Lula quer unidade no governo, não quer reivindicações soltas. Não quer que essas demandas públicas acabem atrapalhando o governo. A política que vem sendo adotado é uma política difícil de ser implementada, mas vem sendo feita com toda a eficiência pelo Palocci”, disse.