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Tarifas telefônicas, só pela internet
Por Adriana Mompean
Do Diário do Grande ABC
24/07/2005 | 08:09
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Qual é a operadora de telefonia fixa que cobra a tarifa mais barata neste momento? Se consumidor quiser saber, terá de recorrer à internet. Essa é a conseqüência da acirrada concorrência no setor de telefonia, hoje povoado por uma gama de operadoras gigantes e desconhecidas.

Bom para o consumidor, que sai ganhando com a queda dos preços das ligações. Por outro lado, mal para o consumidor, que fica sem saber qual operadora usar em determinado momento, já que as tarifas são mutantes, chegando a confundir o usuário. Assim sendo, somente a internet para resolver o problema.

De acordo com levantamento realizado pelo Diário, o site da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) é um dos mais completos na busca e comparação de preços entre as operadoras. Atualmente existem 24 prestadoras autorizadas a realizar ligações locais e de longa distância nacional e internacional em várias regiões do Estado de São Paulo.

No site da Anatel o consumidor deve acessar o link telefonia fixa. Em seguida, clicar no ícone STFC, passando a seguir pelo link tarifas e preços e finalmente, clicando em informações de preços e tarifas. Na comparação das tarifas telefônicas, o site da agência do governo traz o valor por minuto, com impostos, apenas de planos básicos das prestadoras de serviço. O consumidor deve digitar o DDD e prefixo da origem e destino das ligações e o horário em que pretende realizar a chamada telefônica.

Outra alternativa é o site Comparatel, que oferece comparação de tarifas gratuitamente a partir da telefonia fixa para pessoas físicas. "Acompanhamos e atualizamos diariamente 245 planos tarifários no país", diz Andreas Sielaff, fundador da empresa que tem como parceiros os sites UOL e Buscapé.

Sielaff diz que o mercado entre as prestadoras é muito dinâmico. A cada dia novas operadoras pedem e também renunciam a autorizações da Anatel para operar em ligações locais e de longa distância no país. A opção é tanta que novas prestadoras são até muitas vezes desconhecidas da maioria do público da Grande São Paulo – você já ouviu falar das empresas Primeira Escolha (24) e Hip Telecom (28)?

No caso de ligações de longa distância nacional e internacional, o consumidor poderá identificar os horários e destinos com maior freqüência de suas chamadas para posteriormente pesquisar um plano tarifário mais conveniente. "Em primeiro lugar, é preciso que a pessoa entenda qual é o seu hábito de consumo. Outra dica é que o consumidor não se deixe levar por promoções anunciadas em meios de comunicação, que muitas vezes são de pouca duração e trazem horários e distâncias específicas", aconselha Alcides Troller Pinto, diretor de marketing da GVT (25).

Em ligações locais, em que a Telefônica detém a concessão na maioria das regiões do Estado de São Paulo, a opção para economizar é deixar as conversas prolongadas para o período de pulso único: das 0h às 6h nos dias úteis ou das 14h de sábado até as 6h de segunda-feira, além de feriados. Qualquer ligação realizada neste período custa somente um pulso (R$ 0,15), independentemente da sua duração.

De acordo com Andreas Sielaff, do site Comparatel, atualmente podem ser encontradas tarifas a partir de R$ 0,09 por minuto em ligações de longa distância nacional e a partir de R$ 0,05 em ligações internacionais.

Procon – Na opinião de Ana Alice Gasparini, assessora técnica da Fundação Procon-SP, o consumidor brasileiro não tem o hábito de pesquisa.

De acordo com a profissional, o setor de telefonia é um dos mais reclamados na entidade. Em 2004, 39% das queixas dos consumidores foram direcionadas para o segmento. "Grande parte das reclamações foram por cobrança indevida ou o não reconhecimento de chamadas. Por isso, é interessante que o consumidor realize também um controle das ligações para posteriormente checar a conta telefônica", afirma.

Anatel (www.anatel.gov.br)

Comparatel (www.comparatel.com.br)




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