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Demissão de coreano pode virar 'incidente diplomático'
Da AFP
22/06/2002 | 05:14
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O secretário-geral da Confederação de Futebol, Peter Velappan, disse neste sábado que os sindicatos europeus de jogadores de futebol, e inclusive a União Européia, poderiam intervir diante da demissão do sul-coreano Ahn Jung-Hwan pelo Perugia (Itália).

Ahn foi o autor do gol de ouro que eliminou a Itália da Copa de 2002, nas oitavas-de-final. Minutos depois, o presidente do Perugia (onde Ahn jogava até então, emprestado do clube sul-coreano Busan), Luciano Gaucci atacou verbalmente o jogador e anunciou sua demissão.

Velappan disse ter conhecimento de que "a União Européia pedirá à União Européia de Futebol (Uefa) que investigue o caso. O que fez o Perugia não combina com o espírito do futebol e pode ser perigoso".

O dirigente asiático, que já havia pedido a seus colegas do continente que boicotassem o Perugia, disse que a Associação de Jogadores de Futebol Profissionais da Inglaterra também pediu que o caso seja investigado.

O incidente teve início minutos depois da eliminação italiana da Copa do Mundo, com o gol de Ahn. Na televisão o presidente do Perugia saiu atirando. "Quando Ahn veio jogar com a gente, não tinha dinheiro nem para comprar um sanduíche. Ficou rico sem fazer grandes coisas e agora, no Mundial, humilhou o futebol italiano. Não vou renovar seu contrato. Ele não merece".

No dia seguinte, e frente ao escândalo, a direção do clube emitiu um comunicado dizendo que nenhuma decisão seria tomada antes do fim do mês, enquanto que o técnico, Serse Cosmi, pediu desculpas a Ahn. "Eu o considero um jogador com um enorme potencial", acrescentou, tentando abafar a polêmica.




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