Às vésperas de completar oito anos de fundação, a Mocidade Alegre de São Leopoldo elegeu o sete como número da sorte no Carnaval 2006. A escola de São Bernardo, vice-campeã do ano passado, falará sobre o número cabalístico no enredo Sete – Mistério e Magia.

“Surgiu a idéia e resolvemos apostar nela. Afinal, meu nome tem sete letras e a palavra campeão também”, brinca o presidente da São Leopoldo, Américo Antônio Morales, que na verdade tem o número 7 nos dois nomes e no sobrenome. O enredo fala das sete cores do arco-íris, as sete linhas da umbanda, as sete maravilhas do mundo. Tudo devidamente representado em cada uma das doze alas da escola.

O trunfo do desfile é a comissão de frente. “Mas esse segredo só vai ser revelado na avenida”, faz suspense Morales, o presidente escola de samba. Ele adianta que a surpresa está à altura da trajetória da São Leopoldo, campeã dos grupos um, dois e pleiteante. No ano passado, apenas meio ponto e um carro-alegórico quebrado separaram os 450 integrantes da escola do bicampeonato.

Para que o azar não dê as caras de novo na avenida neste ano, o remédio são horas a fio de trabalho no barracão. A diretora do ateliê da São Leopoldo, Efigênia Evangelista Josino, conta que, dependendo do dia, o trabalho começa de manhã cedinho e só termina na madrugada. Rotina presente na vida dos integrantes da escola desde dezembro do ano passado.

“Está todo mundo no pique, trabalhando muito, caprichando nas fantasias”, diz Efigênia. O colorido das roupas e adereços é o que fará a diferença na avenida, adianta Efigênia. O desfile da São Leopoldo custará R$ 50 mil neste ano. Dinheiro usado na confecção das fantasias dos 450 integrantes da escola e nos três carros-alegóricos.