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Risco-país dispara e atinge maior nível desde outubro
Do Diário OnLine
03/05/2004 | 18:36
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A pressão do mercado sobre os países emergentes, em conseqüência dos rumores de uma possível elevação na taxa de juros dos Estados Unidos, fez com que o risco-país disparasse nesta segunda-feira. O indicador, que mede a desconfiança do investidor estrangeiro na economia brasileira, encerrou os negócios em alta de 4,22%, aos 690 pontos – o maior patamar desde outubro de 2003.

O clima desfavorável também contagiou o mercado de câmbio: o dólar comercial subiu 1,67%, cotado a R$ 2,979 na compra e a R$ 2,981 na venda. Com isso, a moeda norte-americana atingiu seu maior valor desde 1º de setembro do ano passado.

As turbulências no mercado refletiram as incertezas dos investidores quanto à reunião mensal do Fed (Federal Reserve, banco central norte-americano), que ocorre na terça-feira. Embora os analistas não apostem em uma alta imediata na taxa de juros, o encontro poderá sinalizar ou confirmar rumores e indicar quando a taxa seria elevada.

Uma intervenção desse tipo, no intuito de conter o crescimento da economia americana, poderá provocar a fuga de investimentos no Brasil, já que muitos preferem apostar em papéis com menos risco.

Ainda com relação ao cenário externo, há preocupações com o agravamento dos conflitos no Oriente Médio. Temores sobre novos ataques contra usinas petroleiras na região fizeram com que a cotação do petróleo também disparasse neste dia de tensões. O barril atingiu seu maior preço em 14 anos.

Com isso, os títulos da dívida externa brasileira também recuaram no mercado internacional. O C-Bond fechou queda de 1,36%, a 90,50% de seu valor de face.




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