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Boas notícias reduzem perdas no mês
30/11/2008 | 07:03
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Apesar de as Bolsas européias, norte-americanas e brasileira terem encerrado a última semana do mês com altas, durante o mês de novembro elas apuraram quedas, ainda que menores do que em outubro, - considerado o pior mês em dez anos para os índices acionários nos EUA e Brasil.

Nos últimos dois meses, os EUA e vários países da Europa e Ásia injetaram cerca de US$ 2,3 trilhões por meio de planos de estímulo às economias, na tentativa de evitar que os sinais de recessão e deflação nesses países se transformem na primeira depressão do Século 21. Além desses, outros trilhões de dólares foram usados para salvar empresas e bancos - só o socorro ao Citigroup nesta semana somou pelo menos US$ 20 bilhões.

Agora, o mercado aguarda algum sinal alentador para as endividadas montadoras dos EUA. Também são grandes as expectativas em torno das medidas que estão sendo alinhavadas pela equipe do futuro governo de Barack Obama, que assume em 20 de janeiro.

Contudo, há dúvidas se já teria passado o maior impacto da crise financeira global sobre a economia real, os preços das commodities e os mercados.

Em novembro, o dólar ampliou sua escalada em relação ao real e a libra, mas caiu ante o iene e ficou quase estável ante o euro, que perdeu 0,24%.

"A semana foi bastante positiva, considerando os sucessivos pacotes anunciados pelos governos norte-americano e europeus. Uma das razões é a ajuda ao setor hipotecário (o Fed injetará US$ 600 bilhões nesse segmento), já que um dos passos para terminar a crise é justamente acabar com o que a gerou", comentou o gestor-gerente da Infinity Asset, George Sanders.

Essas bilionárias injeções de dinheiro para tirar a economia global da crise acabaram surtindo efeito sobre a avaliação dos investidores, que começam muito paulatinamente a voltar aos negócios com um pouco mais de vontade.

Esse movimento acabou ocorrendo justamente na última semana do mês, quando também é corriqueiro o processo de melhora da performance das carteiras pelos gestores.

A valorização dos ativos de ações de empresas com alta rentabilidade e liquidez como Vale e Petrobras no Brasil foi garantida também pelas Bolsas norte-americanas, que subiram, na esteira das recentes informações de que a sexta-feira, enfim, não foi tão fraca quanto se previa.

Dezembro deve começar tenso, diante da agenda carregada de indicadores. Estão previstos dados como a reunião do Banco Central Europeu para definir a taxa de juros e a entrega de um plano de ajuste, pelas montadoras, para que possam requerer ajuda financeira do governo norte-americano, um dos temas mais prementes.

Nesta semana, os papéis das três maiores empresas do setor nos EUA chegaram a disparar por conta da análise de que elas vão, sim, receber recursos - o presidente eleito, Barack Obama, deu uma declaração nesse sentido, mas advertiu que não seria passado um cheque em branco.




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