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A rivalidade sadia dos acadêmicos de São Caetano
Por Ademir Medici
18/03/2018 | 07:00
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Atenção, acadêmicos de São Caetano. Olá, gente boa das indústrias gráficas. Prezado facultativo médico do Hospital Brasil que atendeu o nosso aniversariante. Amanhã, Dia de São José, também é o dia do aniversário de Fuad Sayar, que veio criança para São Caetano. Ele viveu os anos dourados da cidade.
Fuad discorre sobre os tempos do Centro Acadêmico:
– Estive na época do colégio muito envolvido com o Grêmio Estudantil 28 de Julho. Na época acadêmica, com o Centro Acadêmico; contudo tive mais ênfase no Grêmio Estudantil. Mantínhamos uma rivalidade sadia com o Centro Acadêmico, que era presidido pelo grande amigo Oscar Garbelotto.
E sobre a sua cidade por adoção, São Caetano:
– Não tenho saudades do meu tempo. Tudo tem sua época. Não havia os recursos de hoje. Entretanto, aproveitamos muito do que tínhamos, ou seja, amigos reais.
Uma lembrança:
– Os dois grandes bailes anuais. No primeiro semestre, o baile promovido pelo CA, no segundo semestre, pelo Grêmio.

NOVAS SIGLAS
Ao longo desta série sobre os acadêmicos de São Caetano, temos relacionado várias siglas que marcaram a juventude dos nossos entrevistados. Fuad Sayar recorda de mais duas:
– Estaca – Combinação de Estadual (do Ginásio Bonifácio de Carvalho) e Centro Acadêmico. Coube ao ‘Estaca’ promover olimpíadas esportivas em São Caetano, que marcaram época.
– Insti-Esta – De Instituto Estadual, também voltado às práticas esportivas.
“Vivíamos São Caetano verdadeiramente”, relembra Fuad Sayar. “Trazíamos grandes nomes para palestras e conversações políticas e literárias.”

DEBATE POLÍTICO
Um dos primeiros, senão primeiro, debates políticos aconteceu em São Caetano. Iniciativa do Centro Acadêmico, com mediação do professor de Português.
Frente a frente, Anacleto Campanella, Walter Braido e Joaquim Formiga.
“O Campanella chegou atrasado. Ficou na plateia. O auditório começou a gritar o seu nome, insistindo para que ele participasse. Campanella participou. Saiu-se muito bem. Ganhou as eleições.”
Fuad Sayar
– Nascimento: 19-3-1936
– Cidade natal: Lucianópolis, Interior de São Paulo
– Filiação: Ana Julien Sayar e Feres Sayar
– Irmão: Ramis Sayar
– Escolaridade: primário, Instituto Rocha Pombo, em São Caetano; Instituto de Ensino de São Caetano; Colégio Estadual Bonifácio de Carvalho; Fundação Getulio Vargas, Administração de Recursos Humanos; Universidade Metodista (stricto sensu), pós-graduação e mestrado – Comunicação Empresarial.
– Atividade profissional: diretor de Recursos Humanos. Hoje: diretor superintendente do Singrafs (Sindicato Patronal das Indústrias Gráficas).
– Mulher: Maria Helena Mantovani Sayar
– Filhos: Evelyn e Amil Sayar
– Netos: Natalia e Catarina
Nota – Fuad Sayar foi nosso colega no Diário, 60 anos de história. Atuou como revisor no tempo do semanário News Seller, varando as noites de sexta-feira à madrugada de sábado, sob o comando do jornalista Fausto Polesi.

ILUSTRAÇÃO
E o que faz essa foto do Rei Pelé aqui em Memória? Os irmãos Sayar contam:
Fuad foi internado no Hospital Brasil para uma delicada cirurgia, aos cuidados do Dr. Flávio. Numa das visitas, o médico avistou-se com Ramis e o assunto foi futebol.
Ramis Sayar, e isso Memória já contou, foi dirigente do Corinthians no tempo da Democracia Corintiana. Dirigiu o departamento jurídico do clube. Dr. Flávio disse que não era fã do Timão, mas que um sobrinho era corintiano fanático.
– Você não conseguiria uma camisa autografada do Corinthians para o meu sobrinho.
– Qual é o seu time?
– Santos.
– O senhor não prefere uma camisa santista? Qual o jogador do Santos que o senhor mais admira.
– O Pelé, claro.
– Pois se o senhor for um ‘Pelé’ na cirurgia do meu irmão, eu te dou uma foto do Santos autografada pelo Rei.
(Fuad, que a tudo ouvia, brincou: “Tô ferrado. Como o Ramis vai se sair dessa?”).
Dias depois, Dr. Flávio recebia tão precioso troféu, com direito a foto do Rei e tudo mais.

A grande obra de Dom Jorge

Foi também em 1956, num dia 18 de março como hoje, que foi aberta a primeira casa da Associação Lar Menino Jesus, como lembra Irmã Maria Miele.
– A casa ficava na Rua Joaquim Távora, 84, na Vila Assunção, em Santo André.
– Todo o esforço do primeiro bispo diocesano, Dom Jorge Marcos de Oliveira, e a participação da comunidade andreense.

Diário há 30 anos
Sexta-feira, 18 de março de 1988 – ano 30, edição 6704
Manchete – Acidente no km 62 da Via Anchieta, em Cubatão, faz 22 mortos. Ônibus cai no Rio Casqueiro.
Movimento estudantil – Estudantes do ensino privado do Grande ABC realizam protesto contra o aumento das mensalidades: 4.000 em passeata pelas ruas de Santo André.


Em 18 de março de...
1918 – Corpo da mãe do senador Flaquer, Zelinda Pinto Flaquer, é transladado de trem da Estação da Luz para sepultamento em Santo André.
n A guerra. Do noticiário do Estadão: os esforços da Áustria, da Turquia e da Bulgária pela paz.

Santos do dia
– Cirilo de Jerusalém. Bispo e doutor da Igreja. Viveu em Jerusalém (315-375). Escreveu as Catequeses.

Hoje
– Dia Nacional da Imigração Judaica
– Dia do DeMolay

Municípios Brasileiros
– Celebram aniversários em 18 de março:
– Em São Paulo, Jaborandi. Elevado a município em 1949, quando se separa de Colina, na região de Barretos
– No Mato Grosso do Sul, Antônio João
– Em Santa Catarina, Campo Alegre e Gaspar
– Em Minas Gerais, Santa Luzia
– No Paraná, Tibagi
Fonte: IBGE


Falecimentos
Santo André
Cecília Souza Lima, 86. Natural de Iguatu (CE). Residia no bairro Camilópolis, em Santo André. Dia 14. Cemitério Nossa Senhora do Carmo, Curuçá.

São Bernardo
Zenkiti Kian, 93. Natural de Itariri (SP). Residia no bairro Balneário, em Peruíbe (SP). Dia 14, em São Bernardo. Cemitério Municipal de Itariri (SP).

São Caetano
Israel Ribeiro, 82. Natural de Ourinhos (SP). Residia no bairro Santa Paula, em São Caetano. Dia 14. Cemitério da Saudade, bairro Cerâmica.

Diadema
Jurandir Martins Vieira, 69. Natural de Carlópolis (PR). Residia no Jardim Lourdes, Zona Sul de São Paulo (SP). Dia 11. Cemitério Municipal.

Mauá
Lourival Alexandre, 75. Natural de Bom Jardim (MG). Residia na Vila Emílio, em Mauá. Dia 14. Cemitério Santa Lídia.
Leonildo Ivo Viana, 79. Natural do Recife (PE). Residia no Jardim Ipê, em Mauá. Dia 11. Cemitério Santa Lídia. 




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