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Direção à moda antiga
Vagner Aquino
Do Diário do Grande ABC
24/08/2011 | 07:16
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Marina Brandão/DGABC


Bem ao estilo europeu (mesmo porque são frutos de montadoras francesas), Renault Fluence e Peugeot 408 chegaram por aqui recentemente - o exemplar da marca do losango em 2010 e o leão no começo deste ano - para concorrer no segmento liderado pelos brasileiros de origem oriental (considere aí, Civic e Corolla).

Mas isso não é tarefa fácil, pois quem paga quase R$ 60 mil num carro pesa item por item na hora de fechar negócio. E a busca para agradar a clientela vem crescendo a cada ano.

Para fundamentar essa tese ninguém melhor do que Renault Fluence e Peugeot 408, que extinguiram Mégane e 307 Sedan / 407 Sedan, respectivamente, das revendas brasileiras, trazendo novos nomes, propostas diferentes e, por que não dizer, desenhos mais inovadores.

Devido a esta semelhança de conteúdo e histórico, decidimos colocar os dois no asfalto para ver qual deles se sai melhor e, sobretudo, ver como se comportam em suas versões de entrada, com câmbio manual.

Já de cara, o 408 abre vantagem. Seu preço de R$ 59,5 mil é R$ 490 mais barato que o conterrâneo.

Se bem que preço não é tudo. No design, ambos agradam, mas - apesar de poucos meses mais velho - as linhas do Fluence chamam mais a atenção nas ruas.

Olhando um pouco para baixo, as rodas de 16 polegadas do Fluence também são mais interessantes do que as do 408 - que investiu no mesmo tamanho de aro.

Sobre elas, as carrocerias se sustentam através de suspensões bem acertadas. Aqui, mais uma vez, ponto para o Fluence, que apesar de um centímetro menor no entre-eixos, acomoda melhor cinco ocupantes com estatura mediana. Sem contar a opção de bancos em couro, a facilidade para o condutor de encontrar a melhor posição para dirigir e a comodidade da chave presencial.

Na hora da viagem, o Fluence ganha no espaço do porta-malas. São 530 litros, contra 526 no modelo da Peugeot.

 

REVIRAVOLTA

E olha que ambos os sedãs têm fôlego de sobra para encarar a viagem. Trazem motor 2.0 16V bicombustíveis. Mas, o 408, literalmente, sai na frente com até 151 cv a 6.000 rpm, bebendo etanol, enquanto o adversário não passa dos 143 cv (também a 6.000 rotações) com o derivado da cana-de-açúcar. O torque máximo é de 22 mkgf e 20,3 mkgf, respectivamente.

Quem tem mais de 25 anos e gosta de carro, com certeza lembra dos comparativos entre Monza e Santana, por exemplo. Grandes sedãs, que exigiam um trabalho braçal do motorista durante a troca de marchas. Moda que quisemos resgatar neste comparativo. Fluence e 408 trazem caixas de câmbio manuais, seis velocidades no Renault e cinco no Peugeot, que tem arrancadas mais ágeis e respostas mais rápidas quando pisamos no acelerador. Por outro lado, os engates mais curtos do Fluence e a economia de combustível (mérito também da sexta relação) se sobressaem no Renault.




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