O deputado estadual Carlos Grana será anunciado candidato do PT ao Paço de Santo André no dia 13. O parlamentar disputa o posto com o ex-deputado Vanderlei Siraque, que desistirá da empreitada. O consenso sobre o nome que, de quebra evita as temidas prévias que ocasionam racha na legenda, foi definido ontem num jantar em churrascaria do bairro Campestre, com participação de Grana, Siraque, o presidente municipal da sigla, Luiz Turco, e a bancada de vereadores.

O nome de Grana não foi oficialmente deliberado ontem, mas o deputado tem apoio da executiva do partido, dos seis parlamentares municipais e dos outros dois petistas que saíram do páreo anteriormente: o ex-prefeito João Avamileno e a ex-vice-prefeita Ivete Garcia. Grana também é o candidato do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva.

No sábado o PT promove encontro partidário em que a decisão sobre o consenso será anunciada. Havia a expectativa de o postulante, que enfrentará a candidatura de reeleição do prefeito Aidan Ravin (PTB), seria divulgado nesse evento. Mas Siraque, que afirma ainda estar vivo na disputa, escolheu o "sugestivo" dia 13, número da sigla nas urnas. Com a data, o PT antecipa em duas semanas a definição do nome, prevista para ocorrer até o dia 30 de setembro.

 "Tenho conversado por telefone com o Grana todos os dias e já tivemos duas conversas formais sobre o assunto. Também temos dialogado com outras lideranças do PT. Para sair fortalecido, isso (consenso) é o único jeito", avaliou Siraque.

Grana, por sua vez, foi sucinto ao comentar o resultado do jantar. "Não teremos prévia e sairemos juntos no dia 13, mais fortes do que nunca."

Luiz Turco ressaltou a unidade que o partido apresenta neste momento, depois da inesquecível experiência negativa de 2008, quando o partido, após as prévias de 2007, saiu dividido para a disputa. Com a vitória de Aidan, o PT perdeu o governo após 12 anos no poder.

"Depois de tudo, sair com um denominador comum não é tarefa simples. Esse processo está sendo construído a várias mãos e finalmente chegaremos ao consenso, porque vemos possibilidade grande e concreta de voltar ao Paço, com qualquer um dos nomes", frisou Turco.

Questionado sobre o que falta para a desistência de um dos dois - no caso, Siraque -, o presidente esquivou-se: "Detalhes".