Quando Arouca chegou à Vila Belmiro, no começo deste ano, trocado por empréstimo por Rodrigo Souto, uma parte da torcida santista protestou contra a nova diretoria do clube, por entender que o São Paulo tinha levado vantagem no negócio.

Mas, depois de 14 jogos, o volante carioca de 23 anos, formado na base do Fluminense, é unanimidade entre os torcedores do Santos, que pedem a sua contratação em definitivo no fim da temporada, quando acaba o vínculo atual. Por enquanto, Arouca não faz planos para o futuro. Ele prefere se concentrar nos dois jogos contra o seu ex-clube pelas semifinais do Campeonato Paulista.

"O que tem ajudado bastante no meu desempenho em campo é não pensar no contrato que eu tenho com o São Paulo. Vim para o Santos para reencontrar o meu espaço, consegui mostrar o meu potencial e estou feliz aqui. O melhor é deixar esse assunto para ser resolvido no fim do ano, por quem decide. E espero que possam ver com bons olhos a minha situação", disse o volante.

Apesar da diferença entre as campanhas dos dois times no Paulistão, Arouca não aponta o Santos como favorito para o confronto nas semifinais. "As chances são iguais, 50% para cada lado. Não dá para programar vitória em clássico. Vamos procurar ter a mesma postura do jogo na Arena Barueri (vitória santista por 2 a 1, na primeira fase do campeonato). Não temos que mudar, porque jogando ofensivamente tem dado certo", explicou.

Arouca afirmou que não se sentirá prejudicado se o técnico Dorival Júnior realmente armar o meio-campo com dois meias - Paulo Henrique Ganso e Marquinhos - e deixá-lo sozinho na marcação à frente da zaga. "Dá para jogar com apenas um volante. Muitas pessoas acham que o time fica muito aberto, mas já jogamos várias vezes desse jeito e vencemos. A única derrota foi contra o Palmeiras, mas não temos problema atuando nesse esquema porque Marquinhos e Ganso estão cientes de que precisam voltar para ajudar e isso facilita bastante."

PM reforça segurança e tecnologia no clássico no Morumbi

Além de 204 policiais do lado de dentro do Estádio do Morumbi, 300 do lado de fora, 40 cavalos, oito cães e 26 motos, a segurança para o clássico de amanhã, entre São Paulo e Santos, contará um reforço especial: imagens do helicóptero da Polícia Militar, no projeto Olho de Águia.

A partir destas imagens, transmitidas em tempo real pelo sistema Wi-Fi, o coronel Almir Ribeiro, responsável pela segurança do clássico, fará o monitoramento da chegada das torcidas e terá como evitar os confrontos.

"Terei todas as imagens em um monitor de vídeo do tamanho de uma prancheta e isso facilitará muito o trabalho, porque, a partir daí, fica mais fácil evitar o encontro das torcidas rivais", explicou o coronel Ribeiro.

Também funcionará no estádio o Jecrin (Juizado Especial Criminal) e a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância para julgar e punir imediatamente as infrações.

A venda de ingressos termina ao meio-dia deste domingo, no Morumbi, e os portões serão abertos às 13 horas. Os santistas entrarão apenas pelo portão 15.