Um dia depois de ser definido que a Juventus terá de disputar a próxima partida do Campeonato Italiano com portões fechados por causa de gritos racistas de sua torcida ao jogador Mario Balotelli, da Inter de Milão, no empate por 1 a 1, no sábado, o presidente da Uefa, Michel Platini defendeu ontem que os confrontos sejam paralisados assim que torcedores começarem a entoar cânticos racistas.

"Pediremos que o jogo seja interrompido por dez minutos quando essas coisas acontecerem, e anúncios serão feitos no estádio", declarou Platini em coletiva de imprensa em Roma. "Se eles (torcedores) continuarem, a partida será interrompida. Coragem é necessária quando há racismo nas arquibancadas. Essa é a missão da Uefa."

O presidente da Federação Utaliana de futebol, Giancarlo Abete, anunciou que regras serão mudadas para permitir que árbitros possam interromper as partidas. "O sistema italiano já dá às autoridades o poder de suspender a partida em caso de faixas que incitem a discriminação racial", afirmou. "Agora, vamos reforçar isso."

Michel Platini foi a Roma para levar o troféu da Liga dos Campeões - a final será realizada na cidade no dia 27 de maio.