Denúncia anônima envolvendo a FPF (Federação Paulista de Futebol) chegou ao Ministério Público do Trabalho. A entidade estaria obrigando os árbitros a se filiarem a uma cooperativa e a um sindicato. Para atuar, eles precisam pagar dupla taxa para os confrontos em que são escalados.
A queixa é que os árbitros têm de gastar mais para arcar com as taxas ao Safesp (Sindicato dos Árbitros de Futebol de São Paulo) e à Coafesp (Cooperativa dos Árbitros de São Paulo). A cooperativa ainda fica com 5% do que os juízes ganham por partida.
Os árbitros estão baseados no artigo 5º da Constituição, que determina que ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado a um sindicato ou entidade. A anuidade no sindicato é de R$ 220 e, na cooperativa, a contribuição é de R$ 20 mensais, mais R$ 80 por ano.
O presidente da Comissão de Arbitragem da FPF, Marcos Marinho, confirmou a existência da dupla filiação, mas negou descumprimento da legislação. Ele assegurou que todas as medidas são aprovadas pelo jurídico da FPF.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.