As ginastas brasileiras Jade Barbosa e Ana Cláudia Silva ficaram fora do pódio no individual geral da ginástica artística, dos Jogos Olímpicos de Pequim. Quem conquistou a medalha de ouro foi a norte-americana Nastia Liukin, com 63.325 pontos. Sua compatriota Shawn Johnson ganhou a prata, com 62.725.
O terceiro lugar ficou com a chinesa Yang Yilin, com 62.650. Jade conquistou a décima posição (59.550). Foi o melhor resultado da história do Brasil no individual geral, superando o 12º lugar de Daniele Hypólito, em Atenas-2004. Já Ana Cláudia ficou na 22ª colocação, com 56.875 pontos.
"Disputar uma final olímpica pela primeira vez é muito complicado. Fico feliz com o resultado. Espero que nos Jogos de Londres-2012 alguém possa melhorar ainda mais essa marca", comentou Jade para o site do COB (Comitê Olímpico Brasileiro).
Terceiro lugar no Mundial de 2007, quando recebeu 60,550 pontos, a ginasta não repetiu o mesmo desempenho em Pequim. O melhor resultado de Jade foi no salto, com um sétimo lugar (15.025), apesar da queda no final da prova. A pior nota foi no solo, que ela também caiu e conseguiu somente a 18ª posição, com 13.950.
Nas outras duas provas, a atleta recebeu 15.075, nas barras assimétricas, e 15.500, na trave, 12º e nono lugares, respectivamente. No término da competição, ela chorou. "Eu poderia ter dado mais, mas não deu", disse a ginasta, em entrevista à SporTv.
Medalhistas - Com este título, a ginasta Liukin, nascida em Moscou há 18 anos e levada ainda muito pequena para os Estados Unidos, perpetua uma tradição familiar, já que seu pai, Valeri, ganhou quatro medalhas - duas delas de ouro - na ginástica pela extinta União Soviética nos Jogos de Seul-88,e sua mãe, Anna, foi campeã do mundo de ginástica rítmica em 1987.
A dobradinha marcou a vingança das norte-americanas da final por equipes, na qual cometeram muitos erros e foram derrotadas pelas chinesas.
Johnson, a atual campeã mundial individual geral, era a grande favorita para a medalha de ouro, mas sua companheira Liukin demonstrou estar em grande forma, depois de vários anos prejudicada por lesões.
No entanto, foi a romena Steliana Nistor, quinta no fim, que começou liderando a prova, à frente de Johnson, após um brilhante exercício nas barras assimétricas.
Mas Yang as superou com uma ótima pontuação de 16.725 nesse aparelho que a levou do quinto para o primeiro lugar na metade da prova, com 0.15 pontos de vantagem sobre Liukin.
A norte-americana não desperdiçou a oportunidade da trave, na qual é campeã do mundo, para assumir a liderança e relegar Yang ao segundo lugar.
O caloroso apoio do público, que levou os chineses a três medalhas de ouro nestes Jogos Olímpicos - equipes masculina e feminina e na individual geral masculina com Yang Wei - aumentou na última rotação, no solo, onde Yang tropeçou e deixou o caminho livre para as rivais norte-americanas.
Com Liukin no primeiro lugar, Johnson, campeã mundial do solo, teve uma última oportunidade de ficar com o título, mas os 15.525 que conseguiu em seu exercício preferido foram insuficientes.
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