Sem detalhar o futuro político, o candidato derrotado à Prefeitura de Mauá Irmão Ozelito deixa a permanência no PTB incerta e diz que decidirá seu futuro dentro do partido somente em fevereiro. Segundo ele, duas legendas o procuraram e surgiu convite de trabalhar na assessoria da Assembleia Legislativa, embora tenha evitado dar pistas das partes interessadas.

A possibilidade de saída de Ozelito se consolida após uma campanha marcada pela desunião partidária e falta de recursos. Na empreitada, o ex-prefeiturável teve problemas com a falta de adesão de alguns candidatos à vereança, que desde o primeiro turno se juntaram à campanha da concorrente ao Paço Vanessa Damo (PMDB).

Antes do pleito de 7 de outubro, houve especulações de desistência de sua candidatura ao Paço, mas o presidente do PTB paulista, deputado estadual Campos Machado, segurou a chapa, inclusive visitando o candidato num hospital de Mauá. No segundo turno, porém, Ozelito apoiou oficialmente Vanessa, após ser o quarto mais votado no pleito mauaense, com 16.238 votos.

"Prefiro não revelar (quais partidos me procuraram e qual função exerceria na Assembleia). Por enquanto, ainda estou dando um tempo. Vou conversar depois com o diretório (municipal do PTB) em fevereiro, depois do Carnaval, para avaliarmos a situação, já pensando em 2014", avalia.

Apesar do cenário, Ozelito desmente mágoas ao PTB pela falta de estrutura e apoio de componentes da agremiação no município durante o pleito.

Enquanto o ex-parlamentar não decide sua situação política, o vereador e presidente do PTB municipal, Eugenio Rufino, apenas diz que vai esperar reuniões com Ozelito. Indagado sobre quais planos eleitorais tem para o correligionário, o mandatário titubeia. "A pessoa não é obrigada a ficar no partido, mas ele (Ozelito) está filiado no PTB, apesar de ainda não saber as pretensões (políticas) dele."