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Santo André vai ganhar 880 quilômetros de rede de gás natural até 2019

Esse é o maior projeto da Comgás para um
município; próximo passo é expandir na região

Soraia Abreu Pedrozo
Do Diário do Grande ABC
19/04/2014 | 07:24
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André Henriques/DGABC


Santo André receberá, até 2019, 880 quilômetros de rede de gás natural. Este, conforme o presidente da Comgás (Companhia de Gás de São Paulo), Luis Henrique Guimarães, garantiu, em visita ao Diário, é o maior projeto em implantação da empresa em um só município. A companhia atende atualmente 177 cidades do Estado de São Paulo.

O plano de atuação em Santo André teve início em 2011 e, até o momento, foram construídos cerca de 150 quilômetros em redes; para este ano, a expectativa é implantar mais 130 e, até 2016, totalizar 440 e finalizar a primeira fase. A segunda etapa se estenderá até 2019, com mais 440 quilômetros.

De acordo com o gerente regional da Comgás, Silvio Renato Del Boni, são investidos R$ 35 milhões por ano para viabilizar a construção das tubulações no município andreense.

Em 2013, considerando os 17 projetos em andamento da Comgás, foram executados 1.400 quilômetros de redes de gás, disse Guimarães. “É o equivalente a mais de três vezes a distância entre Rio de Janeiro e São Paulo”, comparou. “Foram investidos R$ 850 milhões. Para se ter ideia, é quase o mesmo que foi aportado para a construção de fábrica da Honda no Interior de São Paulo (em Itirapina).”

A Comgás está presente hoje nas sete cidades, somando 106.996 clientes, porém, de maneira mais intensa em São Bernardo, onde, em outubro, serão concluídos os 390 quilômetros de tubulação – no município estão mais da metade dos consumidores, 60.426 ou 56,48%. “Como em São Bernardo 3/4 são áreas de mananciais, existe uma restrição muito grande para a construção da infraestrutura das redes, por isso essa é extensão total”, contou Del Boni.

Em Santo André, atualmente existem 25.788 clientes (24,10%). Em São Caetano, são 12.750 (11,92%), em Diadema, 8.000 (7,48%), em Mauá, 30 (0,03%), e em Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra há uma indústria em cada.

Conforme explicou Guimarães, como o custo de instalação é muito elevado, a prioridade é por cidades onde existe alta gama de indústrias, comércios e residências. “Começamos por grandes âncoras, que são as empresas e, a partir de então, começamos a ramificar e a ampliar a oferta. Assim, é feito um rateio do custo de distribuição do gás. Quanto mais democrático for o processo mais viável ele se torna e, quanto maior for o consumo, mais barato fica para o consumidor.”

Assim que finalizar o ambicioso projeto em Santo André, os planos da Comgás são expandir para áreas mauaenses, informou Del Boni. Em Diadema, hoje o centro já é atendido pela rede, mas a intenção é, na sequência, estender o acesso à periferia da cidade.

SEGURANÇA - O gás natural pode ser utilizado para geração de energia, cocção de alimentos e aquecimento de água, por exemplo. Trata-se de um combustível que tem fornecimento contínuo – diferentemente do botijão GLP, o qual, inclusive, é difícil saber quando está terminando, e do chuveiro elétrico, que se acabar a luz, o banho fica gelado – e seguro, já que vem direto do encanamento da rede de distribuição sem que haja a necessidade de se ter uma central de gás.

HISTÓRICO - A companhia marca presença no Grande ABC há mais de 30 anos. Nos anos 1980, o fornecimento de gás começou pelo mercado industrial, especialmente nas companhias automobilísticas e do polo petroquímico. São exemplos, Volkswagen, General Motors, Ford, Scania, Rhodia, Braskem, Oxiteno, Pirelli, Basf, Solvay, Quattor e Bombril.

No comércio, são atendidos diversos shoppings, como ParkShopping São Caetano, Grand Plaza, Praça da Moça, Metrópole e ABC (em fase de conversão). Quanto aos restaurantes, são adeptos Fonte Leone, Outback e Si Señor, e as padarias Brasileira, Bella Vitoria, Kennedy, Portugal e Palácio dos Pães.

No segmento residencial, a atuação é mais forte em condomínios verticais, processo iniciado no fim dos anos 1990.
 




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