A ex-deputada estadual Regina Gonçalves (PV) pediu ação mais ostensiva da Polícia Militar no bairro Campanário, região Norte de Diadema. A verde se reuniu ontem com o tenente-coronel do 24º Batalhão da Polícia Militar da cidade, Marcel Lacerda Soffner, e apresentou demandas da área da Segurança Pública.

A ex-parlamentar – que ocupou como suplente a cadeira de Edson Giriboni (PV) até a semana passada – ressaltou que, durante os quase três anos que esteve no Parlamento paulista, articulou junto ao governo do Estado o aumento do efetivo de policiais. Um dos resultados conquistados foi a abertura de 50 vagas para a Dejem (Diária Especial por Jornada Extraordinária de Trabalho). Sancionado pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) no fim do ano passado, o programa permite que policiais reforcem o policiamento voluntariamente durante suas folgas e sejam remunerados por isso. Segundo o coronel da PM de Diadema, a cidade foi a única do Grande ABC a ser contemplada com o programa.

Acompanhada por moradores do Campanário, a deputada falou sobre a sensação de insegurança que a população daquela área tem sentido. “A gente não quer ficar enxugando gelo. Sabemos que é preciso haver uma ação conjunta entre a polícia e o poder público, mas a população precisa sentir os efeitos desses trabalhos”, afirmou a verde. O vereador Lúcio Araújo (PV) e o suplente de parlamentar José Hudsomar Rodrigues Jardim, o Zé do Bloco – ocupava a vaga de Márcio da Farmácia (PV) até a semana passada – também estiveram no encontro. Durante a reunião, Zé do Bloco foi interrompido por um telefonema de um munícipe que relatava assalto naquele momento a comércios do Campanário.

NÚMEROS

No encontro, Soffner apresentou as estatísticas recentes da atuação da PM do município e falou sobre a importância do registro de boletins de ocorrência para o mapeamento da criminalidade na cidade. “A informação é a matéria-prima de trabalho da Policia Militar”, salientou.

Segundo dados da Secretaria Estadual de Segurança Pública, o número de homicídios em Diadema cresceu 34% entre janeiro e fevereiro deste ano, em comparação com o mesmo período de 2013. Implantada há dez anos, a Lei de Fechamento de Bares às 23h é considerada essencial para a diminuição desses índices.

Soffner também comentou sobre a realização de festas a céu aberto, o popular pancadão. Para o tenente, a atividade precisa ser inibida em ação conjunta com a Prefeitura. “É uma questão de inclusão social, da falta de opção de lazer. Contudo, o direito de uma pessoa não pode agredir o direito de outra”, acrescentou.