Obras em prédio tombado precisam de liberação de conselho de defesa do patrimônio
O Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico do Estado de São Paulo) ainda não recebeu solicitação da Prefeitura de Santo André para reforma do Paço. Como o prédio do Executivo é tombado pelo órgão estadual, qualquer intervenção no edifício – construído na década de 1960 – precisa de liberação do conselho vinculado à secretaria estadual de Cultura.
Laudo realizado pela empresa Falcão Bauer para identificar as atuais condições do imóvel orienta a administração municipal a recupera as armaduras da caixa d’água – localizada no 21° pavimento –, que encontram-se em nível avançado de corrosão, além de projeto de adequação estrutural dos pilares do elevador. As duas intervenções devem ser feitas dentro de seis meses.
De acordo com a Prefeitura, edital para contratação de empresa que fará a restauração dos locais citados, inclusive reforma da fachada, está prestes a ser lançado. As obras terão custo aproximado de R$ 4 milhões. No entanto, não há previsão para início dos trabalhos, que depende da finalização do processo licitatório, que leva, em média, de três a seis meses, e da autorização do Condephaat.
A administração municipal foi questionada sobre quando irá solicitar a liberação para os serviços ao Estado, mas, até o fechamento desta edição, não se pronunciou sobre o caso.
Segundo o conselho estadual, o Executivo deve apresentar o projeto de reforma, que será analisado pelos técnicos da entidade. Não há estimativa de quanto tempo o Condephaat levará para aprovar as intervenções após solicitação da Prefeitura. Apesar dos problemas apontados, o laudo diz que o prédio apresenta coeficiente de segurança “aceitável para utilização.”
O Condephaat informou que o último pedido de obras no Paço feito por Santo André ocorreu em agosto do ano passado. Na ocasião, o conselho aprovou a construção de um cordão de concreto para sanar infiltrações pluviais no edifício.
A Prefeitura foi procurada, mas não houve resposta se tal intervenção já foi concluída e qual a importância da obra.
Isolamento
O laudo da Falcão Bauer também diz que o Paço deve ser isolado, pois existe possibilidade de deslocamento do revestimento cerâmico das fachadas, com iminência de queda e risco crítico. O Executivo descarta qualquer risco de queda de detritos no prédio.
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