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Em Diadema, Filippi e José Augusto empatam
Roney Domingos
Do Diário do Grande ABC
02/05/2004 | 11:21
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Embora tenha perdido participação nas intenções de voto, o candidato à reeleição em Diadema, José de Filippi Júnior (PT), mantém uma pequena vantagem na comparação com o segundo colocado, José Augusto da Silva Ramos (PSDB). Mas, assim como em dezembro, os dois continuam empatados na pesquisa Brasmarket/Diário. Filippi detém 30,2% dos votos contra 26,6% de José Augusto – uma diferença de 3,6% pontos percentuais, portanto, dentro da margem de erro da pesquisa, de cinco pontos percentuais.

O saldo atual é menor do que aquele obtido pelo petista em dezembro, quando estava 4,4 pontos à frente de José Augusto, um com 33,6% e outro com 29,2%. Permanece praticamente inalterada a participação do terceiro colocado, Gilson Menezes (PL), que em dezembro tinha 16,2% dos votos e agora tem 17,2%.

Os três primeiros colocados na pesquisa de abril têm em comum a passagem pelo PT e pelo menos uma pela administração da cidade. Menezes foi o primeiro prefeito petista do país quando conquistou o comando da cidade em 1982. Ele foi sucedido por José Augusto, então um petista (1989-1992), que deu lugar ao primeiro mandato de Filippi (1993-1996). Menezes voltou ao comando em 1997, desta vez pelo PSB, e deu lugar em 2000 novamente ao sempre petista Filippi.

Apesar do rodízio no poder, os três primeiros colocados ainda detêm 74% das intenções de voto, com pouco espaço para novos nomes: César Sonega (PRTB) e Antônio Soares (PSB) que ainda não haviam lançado candidatura no momento da primeira edição da pesquisa têm, respectivamente, 1,8% e 2,1%.

No entanto, o número de eleitores que declararam voto nulo, em branco, abstenção ou intenção de não votar em qualquer dos candidatos passou de 7,5% em dezembro para 13,3% em abril. Em contrapartida, o número dos que não sabem em quem votar caiu de 13,5% para 8,8% dos entrevistados.

Filippi tem em seu favor a ampla repercussão que os programas de segurança pública garantiram na mídia, mas contra ele o aperto financeiro vivido pela administração e as reclamações – justas ou não – contra o sistema municipal de saúde.

Sem acesso aos números da pesquisa, o deputado estadual Mário Reali, presidente do PT de Diadema, afirma que o partido tem conversas “bem adiantadas” com o PC do B, PV, PMN, PSDC e PMDB.

A idéia é colocar no flexível arco de alianças autorizado pelo diretório municipal os parceiros históricos, mas também aqueles que podem despertar interesse do eleitor conservador.

Neste sentido, está na pauta até uma negociação com o deputado estadual Campos Machado, líder paulista do PTB, partido que ameaça lançar candidatura própria na cidade.

Apesar do interesse em ampliar ao máximo as coligações, o PT não poderá abrir espaço para os partidos na chapa majoritária porque o lugar de vice ao lado de Filippi já é do atual ocupante do cargo, Joel Fonseca, ligado ao movimento sindical.

José Augusto também tenta obter apoio do PMDB, mas por enquanto só pode contabilizar o apoio do PPS. O mais adiantado nas coligações é Gilson Menezes, que conta com uma gama de pelo menos dez pequenos partidos e um sem-número de pré-candidatos a vereador que pode garantir um amplo trabalho de divulgação na periferia.

Ficha técnica – Registrada sob número 01/04 na 222ª Zona Eleitoral de Diadema, a pesquisa Brasmarket/Diário ouviu 402 eleitores entre os dias 16 e 20 de abril. A margem de erro é de cinco pontos percentuais e o intervalo de confiança de 95,5%.

Foram cobertos 11 bairros: Campanário (8%), Centro (11,6%), Canhema (6,3%), Casa Grande (9,9%), Conceição (10,3%), Eldorado (10,6%), Inamar (6,7%), Vila Nogueira (9,7%), Piraporinha (6,2%), Serraria (7,7%), Taboão (13%).

As mulheres representam 51,8% dos entrevistados. Classificados por faixa etária os grupos de entrevistados estão distribuídos da seguinte forma: 16 a 17 anos (3,4%), 18 a 24 anos (19,4%), 25 a 34 anos (21,4%), 35 a 44 anos (24,5%), 45 a 54 anos (19,8%), mais de 54 anos (11,5%). Classificados por grau de instrução: analfabetos ou com menos de um ano de estudo (9,6%), primeiro grau completo/incompleto (37,8%), ensino médio completo/incompleto (39%), superior completo/incompleto (13,5%). Por faixa de renda: até três salários mínimos (44,3%), de 3 a 10 salários mínimos (36,6%), de 10 a 20 (11,7%) e acima de 20 (7,4%).




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