O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC promove às 7h30 da manhã desta quinta-feira um ato de protesto contra as demissões ocorridas no final do ano passado, em virtude da crise financeira mundial.

As fabricantes de auto peças são os principais alvos da manifestação que acontecerá em Diadema, em frente à sede da TRW. A fábrica confirmou ontem o desligamento de 172 funcionários em dezembro, quando anunciaram demissões sem número exato. "Nós estávamos incumbidos de amenizar a situação, mas fomos pegos de surpresa com a notícia das demissões", contou o diretorexecutivo do Sindicato dos Metalúrgicos de Diadema, José David Lima Carvalho, à época do anúncio.

As demissões ocorreram de forma tensa. Os funcionários foram avisados no meio do expediente que o turno estava suspenso e que deveriam ir para casa. "Como eram 3h da manhã eles não tinham condução. Mesmo assim, a empresa apagou as luzes e expulsou os funcionários do local", disse Carvalho.

OUTROS - O primeiro ato será realizado pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos, às 5 horas na porta da fábrica da norte-americana Tower, em Arujá, para tentar reverter as cerca de 80 demissões anunciadas em dezembro. Na terça-feira, o sindicato de Guarulhos fez uma manifestação contra as 227 demissões feitas em dezembro pela francesa Valeo.

ALCOA - Por outro lado, a Alcoa sequer ameaça demissões. A redução de 13% da força de trabalho mundial da Alcoa, não afetará a empresa no Brasil. "Se, por um lado, não pretendemos fazer novas contratações neste momento, também não temos a intenção de reduzir nosso quadro de funcionários no Brasil, que atualmente é de cerca de 6.200 pessoas", esclarece Franklin L. Feder, presidente da Alcoa América Latina e Caribe.