O técnico Luiz Carlos Ferreira confia no ’esquema solidário’ do Santo André na tentativa de fugir do rebaixamento no Campeonato Paulista. Segundo ele, não há fórmulas mágicas que superem a força da união e do conjunto. O treinador acredita que a equipe do Grande ABC irá escapar da queda à Segundona. "Alguns continuam embolados lá embaixo. Até agora, tudo continua muito incerto, mas acho que vamos permanecer na série principal", prevê.

Ferreira só lamenta que alguns times comandados anteriormente pelo treinador como Portuguesa, Marília e Guarani – estejam ameaçados. "Também fico triste pela situação do Mogi Mirim. O presidente Wilson de Barros é uma das pessoas mais decentes que já conheci no meio do futebol. Ele conseguiu montar uma boa estrutura no Mogi e mereceria outra sorte", disse.

Surpreendentemente, Ferreira – logo ele, acostumado a despachar rivais invarialmente desesperados na beira do inferno – não disfarça uma ponta de tristeza ao constatar o drama de três ou quatro clubes – que, a exemplo do Santo André, lutam para sobreviver no grupo de elite. "Sei como é o sufoco de quem corre o risco de cair", observa o Rei do Acesso.

Ferreira é capaz de jurar que sente pena dos inimigos. No entanto, manda um recado àqueles que estão atentos ao imprevisível andar da carruagem nas próximas quatro rodadas. "Não há nada que esteja decidido, mas o Santo André vai escapar dessa (do descenso). Recuperamos o alto-astral. Aqui é só alegria na cara dos meus atletas e isso me deixa confiante", avisa.

O lateral Alexandre, que recebeu o terceiro cartão amarelo no empate diante da Portuguesa Santista, é o único desfalque para o desafio de sábado, às 18h10, no Brinco de Ouro, contra o Guarani. A ausência do ala talvez obrigue Ferreira a mudar o habitual modelo defensivo. O garoto Pará é uma das opções.