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Prefeitura acaba com banho e pedalinho no Parque Estoril
Gabriel Batista
Do Diário do Grande ABC
22/01/2006 | 09:14
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As práticas de banho, nado, passeio em pedalinho ou embarcações na praia do Parque Estoril, na represa Billings, foram proibidos pela Prefeitura de São Bernardo. A secretária municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Maria Alice Bergamo, afirmou que a medida foi adotada para evitar casos de afogamento nas atividades de lazer do parque. Proprietários dos serviços oferecidos no Estoril afirmam estar economicamente asfixiados com a decisão da Prefeitura. A proibição foi especificada na resolução 001/06, que tem validade por 30 dias. Nesse período, de acordo com a secretária, a administração municipal vai editar lei que torna a medida permanente no município. “Vamos também abrir licitação para os serviços de barco e pedalinho, com normas e regras bem definidas de segurança”, disse Maria Alice Bergamo.

A secretária municipal defendeu a decisão. “A prainha do Estoril é imprópria para banho, pois dá pé para apenas nos primeiros 3 metros a partir da margem. Depois, a profundidade chega a 30 metros. Não é local para isso (banho).” No fim de semana passado, três pessoas morreram afogadas na Billings. Em apenas um caso havia relação com o Parque Estoril. O modelador de isopor Davilson Lugoboni, 41 anos, que não sabia nadar, passeava de pedalinho no meio da represa e retirou o colete. Pulou na água e morreu afogado.

O proprietário do atual serviço de pedalinho, Oswaldo Teixeira, diz que foi impedido de trabalhar com a medida da administração municipal. “A Prefeitura deveria colocar segurança e guarda-vidas no local, e não proibir a diversão das pessoas”, criticou Teixeira. O dono de uma lanchonete no Parque Estoril Roberto Carlos Francisco disse que agora não faz mais sentido a existência de seu estabelecimento. “O pessoal vai lá por causa da represa, do banho, do pedalinho”, justificou.

Um grupo de comerciantes e prestadores de serviço do parque pediu ajuda neste sábado ao vereador José Ferreira (PT). O vereador afirmou, por meio de assessores, que vai encaminhar requerimento de informação ao prefeito Willian Dib (PSB) para saber o “motivo real” da medida, e indicar que se coloque guarda-vidas no parque em vez da proibição. Entre as normas a serem exigidas da empresa que ganhar a licitação do pedalinho, a secretária municipal Maria Alice Bergamo disse que será limitado o avanço do usuário do pedalinho na represa.



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