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Documentário escancara bastidores dos Titãs
Dojival Filho
Do Diário do Grande ABC
16/01/2009 | 07:00
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Performances vigorosas, loucuras, brigas internas e outros detalhes da intimidade de uma das mais importantes formações do rock brasileiro foram escancarados no recomendável documentário Titãs - A Vida Até Parece uma Festa, que estreia nesta sexta-feira. O filme traz entrevistas, participações em programas de TV e imagens de bastidores gravadas em VHS pelo cantor Branco Mello, que divide a direção do longa com Oscar Rodrigues Alves (responsável pelos videoclipes dos hits titânicos Isso e Epitáfio).

Branco comprou o equipamento em 1986, na época do lançamento de Cabeça Dinossauro, disco que contém petardos como Polícia e AA UU e estabeleceu o grupo como um dos pilares musicais de sua geração. "Tudo foi filmado sem nenhum pudor, não havia um olhar externo. Como eu tinha uma relação muito emotiva com essas imagens, na hora de montar o filme achei que devia chamar o Oscar", explica o vocalista.

Em vez de contar seus 26 anos de carreira com uma narrativa linear e depoimentos burocráticos, a banda optou por mostrar-se com franqueza, em um documentário que levou seis anos para ser feito e foi aprovado por atuais integrantes e ex-componentes do conjunto.

Por conta disso, o espectador tem acesso irrestrito às animadas conversas nos quartos de hotéis, regadas a drogas e álcool, e o processo que culminou na saída de Arnaldo Antunes e Nando Reis.

Também pode assistir ao produtor Liminha reprimindo o preciosismo do baterista Charles Gavin, durante as gravações do disco Jesus Não Tem Dentes no País dos Banguelas (1987). Ou então se emocionar com as últimas imagens gravadas do guitarrista Marcelo Fromer, morto em 2001, vítima de atropelamento.

"Nosso maior desafio foi lidar com a morte do Marcelo. Foi aí que a gente percebeu que a vida não era só diversão, era de verdade", afirma Branco.




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