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Deputado acusa Exército israelense de usar 'arma proibida'
Da AFP
20/11/2003 | 08:40
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Um deputado árabe-israelense da oposição acusou, nesta quarta-feira, o Exército hebreu de empregar uma "arma secreta proibida" no ataque aéreo lançado em outubro passado contra a Faixa de Gaza. A ação matou 12 palestinos, incluindo dois ativistas procurados pelas autoridades israelenses, no dia 20. O alvo foi um veículo que circulava na zona do campo de refugiados de Nusseirat.

O deputado Ahmad Al-Tibi denunciou que o Exército israelense utilizou "munição proibida, cuja explosão tem um impacto que se estende por dezenas de metros". "O comandante da aviação, Dan Haloutz, mentiu em público ao afirmar, após o ataque, que a Força Aérea utilizou mísseis Hellfire, disparados de helicópteros Apache. Não foram os Apaches que lançaram a arma proibida", disse Tibi.

Outro deputado, Yossi Sarid, do partido Meretz (esquerda, oposição) ameaçou revelar "informações confidenciais" sobre a munição utilizada no ataque contra o campo de Nusseirat. Sarid fez tal ameaça após o ministro israelense da Defesa, Shaul Mofaz, se negar a revelar que tipo de arma foi empregada na ação, durante uma reunião da Comissão de Defesa e Relações Exteriores do Parlamento.

Segundo o deputado, o Exército utilizou no ataque "munição poderosa, com raio de impacto muito amplo". A rádio estatal israelense e o Exército hebreu admitiram que durante o referido ataque foram utilizadas outras munições além dos mísseis Hellfire.

Em um comunicado, o porta-voz do Exército destacou que "por razões operacionais e de segurança não foi possível dar todos os detalhes sobre o que ocorreu em Nusseirat". "A versão que demos do fato era exata (....) mas é possível, devido ao caráter sensível da operação, que haja algum engano na descrição dos meios utilizados nesta operação", disse o porta-voz.




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