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Jobim proíbe CPI dos Bingos de usar dados de sigilo
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21/01/2006 | 08:10
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Depois de ter encaminhado à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) dos Bingos um atestado médico dizendo que não poderia depor porque estava com uma torção no dedão do pé, o empresário Roberto Carlos Kurzweil obteve nesta sexta e o aval do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Nelson Jobim, para impedir que a comissão use dados do sigilo bancário, fiscal e telefônico dele.

Jobim determinou ao presidente da CPI, senador Efraim Morais (PFL-PB), que não receba essas informações. Decidiu ainda que, caso os mesmos estejam na comissão, a CPI "abstenha-se de utilizá-los, devendo permanecer lacrados e sob sua custódia até nova decisão do tribunal".

Kurzweil é investigado pela CPI como um dos que teriam ajuda para operacionalizar o recebimento em São Paulo dos U$S 3 milhões supostamente doados por Cuba para a campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2002. Ele é dono da locadora que cedeu o Ômega blindado e os serviços do motorista Éder Eustáquio Macedo, que teria transportado o dinheiro de Campinas, no interior de São Paulo, para a captial paulista, aos cuidados de dois ex-assessores do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, Ralf Barquete, que morreu em 2004, e Vladimir Poleto.

No depoimento à comissão, quinta-feira, o motorista deu credibilidade à informação ao entrar várias vezes em contradição.




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