O deputado estadual Luiz Fernando Teixeira (PT) afirmou que pretende ser candidato a prefeito de São Bernardo em 2020. A construção, segundo ele, ainda passa pelo pleito de 2018 – por sua reeleição na Assembleia Legislativa e pela vitória do ex-prefeito Luiz Marinho (PT) ao governo do Estado.

Presidente do diretório estadual do partido, Marinho tem se movimentado intensamente para liderar a candidatura petista ao Palácio dos Bandeirantes no ano que vem.

A ideia de Luiz Fernando é que, se Marinho se eleger governador do Estado de São Paulo, ele vem com uma candidatura para o Executivo de São Bernardo. Mas, em caso de fracasso de Marinho, Luiz Fernando afirma que é natural que o ex-prefeito busque retomar a cadeira no Paço.

Ao analisar a conjuntura municipal – o PT tem feito oposição branda ao governo de Orlando Morando (PSDB) –, o petista admite que o bloco oposicionista está enfraquecido. “A oposição (na Câmara de São Bernardo) está dando tempo ao tempo. Geralmente, as pessoas têm um ano de lua de mel (com quem se elege), mas, em seis meses (desta administração), (a população) já não suporta mais. A oposição começa a surgir a partir de agora”, falou.

Ao mesmo tempo, o deputado reconhece que a legenda ainda está passando por processo de reformulação interna. “O partido ficou muito tempo no poder. A partir daí, mudou sua lógica. Aceitou se coligar com pessoas que não fariam, adotou práticas que não adotaria, hoje”, afirmou. “Todas as suas direções foram muito modificadas. Está revendo erros, conceitos. O PT era de oposição. Quando é oposição, tem uma visão, quando vira governo, começou a rever alguns conceitos”, explicou.

Luiz Fernando também criticou a gestão de Morando. “O que está aí (atual administração da cidade) não é o que tem de melhor para a nossa cidade. Se ele (Marinho) não for, eu serei o candidato. (Mas, se o ex-prefeito concorrer) Eu vou coordenar a campanha dele”, disse o deputado estadual.

Em 2016, o nome de Luiz Fernando foi colocado para concorrer à sucessão de Marinho, mas o então prefeito bancou o projeto eleitoral de Tarcisio Secoli (PT). Tarcisio sequer foi ao segundo turno, ficando atrás de Morando e do deputado federal Alex Manente (PPS).