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Número de franquias sobe 10%

Segundo o presidente da ABF, a região é
muito relevante para o setor de franchising

Por Flavia Kurotori
Especial para o Diário
01/07/2017 | 08:39
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Celso Luiz/DGABC


Em 2016, o número de franquias cresceu 10%, se comparado a 2015, passando de 1.608 para 1.764 unidades no Grande ABC. Os dados foram levantados pela ABF com exclusividade para o Diário.

Segundo o presidente da ABF (Associação Brasileira de Franchising), Altino Cristofoletti Júnior, a região é muito relevante para o setor de franchising. “A renda per capita, o grau de instrução e o nível de empreendedorismo do Grande ABC são positivos para o setor”, aponta.

O segmento com a maior quantidade de unidades foi o de alimentação (36%), seguido dos de saúde, beleza e bem estar (16%) e de serviços educacionais (12%) – veja mais ao lado. O presidente da ABF afirma que é o setor mais tradicional e consolidado, além de manter uma performance equilibrada, pois “mesmo com a crise econômica, as pessoas passam a gastar menos, mas não deixam de sair para comer”.

Apesar de pequeno, na opinião de Cristofoletti Júnior, o crescimento foi positivo e é justificado pela estrutura dada pelos franqueadores. “Ao contrário de um negócio aberto pela pessoa, os franqueados possuem a exposição da marca (marketing) e o investimento em capacitação especializada, além da rede possuir poder de compra, reduzindo custos”, acrescenta.

“O mundo tem registrado o crescimento do franchising e no Brasil não é diferente”, assegura. Ele também explica que a única mudança notada é a estagnação no lançamento de marcas. Para se ter uma ideia, em 2016 apenas sete novas redes vieram para as sete cidades, somando 355.

Calos Alberto Pereira adquiriu uma franquia da loja Hope no Shopping ABC, em Santo André, no ano passado. “No momento de crise, é necessário olhar para dentro e identificar as deficiências das operações”, diz. Para isso, ele dedicou cerca de R$ 3.000 em treinamentos para sua equipe e, até o fim deste ano, pretende investir R$ 5.000 em marketing, com o objetivo de atrair clientes por meio das mídias sociais.

Na opinião do empresário, para driblar as dificuldades da economia é necessário fidelizar o cliente, além de ser uma boa oportunidade para ‘pensar fora da caixa’. “A região sofreu com a perda de receita das indústrias, por isso a resposta virá em curva mais lenta”, comenta. No entanto, ele é otimista e espera fechar este ano com acréscimo de 5% na meta de faturamento. Para 2018, a expectativa é atingir a meta de ganhos estabelecida ao iniciar o negócio. 




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