O prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior (PSDB), afirmou que vai rever contrato com a GreenLine Saúde, firmado no dia 28, às vésperas do fim do mandato do ex-prefeito Paulo Pinheiro (PMDB), para a gerência do convênio médico dos servidores. Fixado em R$ 25 milhões, o acordo é válido por um ano e substituiu ocontrato com a Santamália/Intermédica, que suspendeu a prestação de serviços depois de atrasos no pagamento.

O tucano afirmou que o contrato com a nova gestora dos planos de saúde do funcionalismo é a medida tomada pelo antecessor que dará mais dor de cabeça à atual gestão. “Será a maior preocupação deste ano”, avaliou o prefeito, que acusou a gestão Pinheiro de celebrar nova licitação “no afogadilho” e celebrar contrato “praticamente impagável”. Auricchio não informou, porém, se vai rescindir o contrato ou se solicitará renegociação.

O plano de saúde dos funcionários da Prefeitura e da Câmara, sob gestão da Intermédica, foi suspenso pela empresa no dia 22 de dezembro. Servidores foram pegos de surpresa e alguns, inclusive, impedidos de realizar procedimentos médicos. Houve casos de funcionárias grávidas e em pleno tratamento de câncer que tiveram de desembolsar os valores de exames e consultas.

Na ocasião, o governo Pinheiro admitiu atraso de duas mensalidades, que totalizavam R$ 2,6 milhões. O governo do peemedebista, porém, acusou a Intermédica de ferir cláusulas contratuais, cuja interrupção do serviço só é permitida após a terceira inadimplência. Paralelamente a isso, realizou pregão presencial (número 62/2016) e homologou contrato com a GreenLine.

Pelo novo acordo, a administração terá de pagar R$ 2.080 milhões por mês à operadora. Ao todo, são 13.960 usuários, entre ativos, inativos e dependentes. A nova companhia, entretanto, não possui unidade médica em São Caetano. No Grande ABC, as únicas clínicas atendidas são em Santo André e São Bernardo.

ABONO
Auricchio afirmou ainda que o impasse envolvendo o pagamento de duas parcelas do abono dos educadores só será sanado a partir de fevereiro. “O prazo que demos (aos educadores) foi dia 2 de fevereiro, quando teremos novo encontro para, então, saber quando vamos pagar. Antes disso não temos como dar nenhuma estimativa.”