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Deputado propõe projeto que proíbe nomes de pessoas a animais
Por Ângela Corrêa
Do Diário do Grande ABC
30/10/2004 | 13:34
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Se o polêmico projeto de lei apresentado no início do mês pelo deputado federal Pastor Reinaldo (PTB-RS) for aprovado na Câmara, bichos que hoje atendem pelo nome de Saddam, Suzy ou Michelle serão raros. A proposta prevê a proibição do "batismo" de animais com nomes e sobrenomes comuns a humanos, contrariando a tendência dos últimos tempos.

E dá-lhe Tons, Zecas e Chicos, os cantores. Babalus, Bubas e Daras, personagens das novelas. Se o objetivo é uma homenagem ou apenas ser "original", o fato é que por vezes acontecem coincidências. É o caso do batismo de Mayla, cadela yorkshire da estudante de São Caetano Flávia Câmara, 17 anos. A escolha veio de uma adaptação de Milo (pronuncia-se Mailo), que era o cachorrinho de uma prima de Flávia. "Mais tarde, reencontrei uma amiga com a qual não tinha mais contato que também se chamava Mayla. Não contei que ela tinha o mesmo nome da minha cadela", contou a estudante.

Entre os veterinários, a proposta também causou surpresa. Segunda a veterinária Maria Marta Lecci Capelli, de São Bernardo, pelo menos metade de seus clientes têm animais com nomes próprios humanos. Para a veterinária, essa é uma forma de humanizar e personalizar os animais de estimação, na mesma linha do hábito de adornar os bichos com roupinhas e outros acessórios.

Segundo o autor do projeto de lei, a iniciativa se deu por conta do volume de reclamações que recebeu de pessoas que sentiram-se ofendidas ao saber que eram xarás do bicho de um vizinho. "Já foi provado que até crimes acontecem porque pessoas colocam o nome de um desafeto no cachorro", afirmou. No entanto, ele não quer que a medida o ridicularize. "Quis provocar uma discussão sobre esse problema e trazer atenção para meus outros projetos relacionados aos bichos, como o Código de Proteção aos Animais" declarou o deputado.




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