O Solidariedade de São Caetano pode ficar de fora da disputa política de outubro. Com pendências na Justiça Eleitoral por não apresentar prestação de contas do diretório referente ao exercício de 2014, a sigla está inativa e, se não regularizar a situação até o início oficial da campanha, não poderá lançar candidatos para o pleito de outubro.

O principal nome do partido é o vereador Cidão do Sindicato, que tentará a reeleição. O parlamentar, que preside o partido na cidade, garantiu que apresentou os dados à Justiça Eleitoral, mas que os números ainda não foram analisados. “Nós entramos hoje (ontem) com pedido de liminar para que a situação seja regularizada. As contas estão na mesa da juíza”, explicou Cidão.

O parlamentar também revelou que reavalia apoio dado pelo partido ao projeto de reeleição do prefeito Paulo Pinheiro (PMDB). Cidão não se contentou com a coligação amarrada pelo governo, com o PTB, e chegou até a cogitar, nos bastidores, desistir de brigar por mais um mandato. No ano passado, o parlamentar foi condenado pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral) por abuso de poder econômico e ficou inelegível até 2022.

“Nós ainda estamos analisando. A princípio, a ideia é permanecer com o apoio”, destacou o parlamentar. Na ótica de Cidão, a coligação com os petebistas dificultaria sua reeleição. Ele prevê que apenas o presidente da Câmara, Paulo Bottura (PTB), será beneficiado com a aliança. A troca das coligações, porém, ficou inviabilizada, já que a maioria dos partidos já publicou as atas com definição de candidaturas e coligações.

OUTROS APOIOS
Outro partido que analisa, internamente, a possibilidade de romper com o acordo já firmado com o projeto governista de Pinheiro é o PV. A sigla foi escalada para coligar com o Pros, mas ventila-se que a legenda estuda lançar nome próprio ao Palácio da Cerâmica, o do ex-vereador e ex-prefeiturável Cláudio Demambro, filiado na legenda desde abril.